No dia 5 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Higiene das Mãos. Este tema, atualmente, faz parte das metas internacionais de Segurança do Paciente e, por isso, os serviços de saúde tratam como prioridade o tema.
Mas como fazer com que a equipe multiprofissional passe a aderir ao programa de higiene das mãos? “Esta questão atravessa séculos, décadas e ainda é um grande desafio”, comenta Christiane Padovani, gerente de qualidade do Hospital Santa Paula, em São Paulo.
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“O esquecimento, a sobrecarga de trabalho, o ato de não achar necessário naquele momento são as possíveis explicações para a não adesão ao ato de higienizar as mãos”, comenta a Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
Segundo a enfermeira do Santa Paula, há relatos de sucesso em instituições que aliaram abordagens sensoriais, como cartazes com olhos simulando observação, substituições periódicas do cheiro do sabonete, temperatura da água, dentre outras iniciativas que aumentaram a adesão dos profissionais.
“Nossa experiência no Santa Paula é que esta conscientização deve ser feita periodicamente, em várias frentes e formatos, exaustivamente. E não somente no dia do controle de infecção ou no dia mundial de higienização das mãos, somente para atender critérios pré-estabelecidos”, diz Christiane Padovani.
Controle de infecções
As infecções ocorrem porque a contaminação das mãos dos profissionais de saúde se dá durante a assistência, por meio do contato com o paciente e com superfícies, que pode ocorrer de forma direta ou indireta. “A higiene de mãos é a medida mais importante na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde”, diz a médica Gláucia Varkulja, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da ACSC – Hospital Santa Catarina e consultora do IBSP – Instituto para Segurança do Paciente.
A infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen, professora titular departamento doenças infecciosas da Universidade Federal de Pernambuco e Consultora de Projetos em Controle de Infecções-Stewardship e Segurança do Paciente, acredita que o controle de infecções está, em primeiro lugar, nas mãos dos profissionais de saúde. “O poder está em nossas mãos, com a higiene das mãos, já que é reconhecida há muitos anos na prevenção e controle das infecções nos serviços de saúde, incluindo aquelas provocadas por microrganismos multirresistentes, promovendo a segurança dos pacientes, profissionais e usuários dos serviços de saúde”, diz Dra. Sylvia.
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