Cerca de 2,5% dos pacientes de cirurgia geral de emergência serão diagnosticados com um evento de TEV por conta das dificuldades da profilaxia
O tromboembolismo venoso (TEV) representa a causa mais evitável de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados. Entre as ações para enfrentar o problema, a Agência para Pesquisa e Qualidade em Assistência à Saúde (AHRQ) sugere profilaxia como uma das principais práticas de segurança do paciente.
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Atualmente, o que tem aumentando é a carga de emergência operatória, representando 7% de todas as internações hospitalares nos Estados Unidos. A taxa relatada de TEV entre os pacientes submetidos ao às cirurgias gerais de emergência é de aproximadamente 2,5%.
Diversos estudos estão disponíveis para orientar os cirurgiões de emergência na prevenção de TEV para pacientes com trauma. No entanto, pouca orientação está disponível para o cirurgião geral de emergência. “Pacientes submetidos às cirurgias gerais de emergência representam um desafio em relação à prevenção de TEV”, afirma o artigo científico publicado no JAMA Surgery.
Clique aqui e veja o estudo na íntegra.
Apesar do número substancial de internações por conta dessas intervenções cirúrgicas emergenciais, pouco se sabe sobre o risco de TEV ou o uso de profilaxia mecânica e farmacológica nestes pacientes. “Além disso, embora as diretrizes para a profilaxia de TEV estejam disponíveis, elas são difíceis de interpretar no contexto da admissão em um serviço emergência que lida com uma condição aguda, particularmente quando as admissões a tais serviços incluem até 70% dos pacientes que não necessitam intervenção cirúrgica”, afirma o estudo.
Recomendações de profilaxias
Quase todos os pacientes de cirurgias gerais e de emergência têm um risco de moderado à alto de desenvolver TEV. Por isso, o risco individual deve ser avaliado na admissão.
A profilaxia farmacológica na forma de heparina não fracionada ou de baixo peso molecular deve ser considerada, a menos que haja contraindicação absoluta, como sangramento. Os pacientes devem receber a primeira dose na admissão no hospital, e a administração deve continuar até a alta sem doses perdidas. Certas populações de pacientes, como aquelas com tumores malignos, podem se beneficiar da profilaxia prolongada de TEV após a alta.
A profilaxia mecânica deve ser considerada em todos os pacientes, particularmente se a farmacológica for contraindicada. Estudos que visam especificamente a melhor adesão à profilaxia de TEV em pacientes de cirurgias gerais e de emergência sugerem que as iniciativas de eficácia e melhoria de qualidade devem ser empreendidas sob uma perspectiva sistêmica e institucional.
Conclusão
Os pacientes de cirurgias gerais e de emergência estão em um risco relativamente alto de TEV. Apesar das lacunas existentes na literatura em relação a essa crescente população de pacientes, as melhores práticas bem-sucedidas podem ser aplicadas, como avaliação do risco de TEV, profilaxia adequada e educação de médicos, enfermeiros e pacientes quanto ao uso de profilaxia mecânica e farmacológica de TEV e políticas institucionais.
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