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Suporte de Vida em Pediatria (PALS): Novas Diretrizes 2015

Suporte de Vida em Pediatria (PALS): Novas Diretrizes 2015
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Suporte Básico de Vida em Pediatria

As recomendações seguem as bases do que foi recomendado para adultos, com uma grande ênfase em se conseguir uma RCP de alta qualidade.

Conheça as mudanças das diretrizes 2015 para o Suporte Básico de Vida em adultos

Veja um vídeo exclusivo sobre Segurança do Paciente

Os destaques das novas diretrizes em pediatria são:

  • O algoritmo foi modificado para que o socorrista ative o Serviço Médico de Emergência sem sair do lado da vítima (usando celular). Essa deve ser a primeira atitude em uma PCR presenciada, para só depois iniciar a RCP. Se a PCR não tiver sido presenciada, deve-se aplicar 2 minutos de RCP, para só depois pedir ajuda e providenciar um DEA;
  • Foi confirmada a sequência de atendimento C – A – B (circulation – airway – breathing) para RCP em pediatria para dar ênfase na massagem cardíaca inicialmente (Classe IIb, Nível C-EO);
  • Houve modificação nas compressões torácicas, que agora devem ser feitas em uma frequência de 100 a 120 /min (assim como em adultos) (Classe IIa, Nível C-EO);
  • Recomenda-se que profundidade da compressão torácica em uma criança seja de 5cm e em bebês (exceto recém-nascidos) seja de 4cm. Para adolescentes seguir a mesma recomendação de RCP em adultos (Classe IIa, Nível C-LD);
  • Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nos adultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões: ventilação) se houver apenas 1 socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (massagem: ventilação);
  • A nova recomendação é para utilizar o DEA assim que ele estiver disponível, o que significa interromper as compressões torácicas para que o DEA verifique o ritmo e dê o choque se necessário.

Conheça as mudanças das diretrizes 2015 para o Suporte Avançado de Vida em adultos

Confira as novidades gerais das Diretrizes 2015 de Ressuscitação Cardiopulmonar

Suporte Avançado de Vida em Pediatria

Já nas recomendações para o suporte avançado para crianças, o que vemos não é uma mudança de recomendações, mas sim um refinamento do que já existia, e um acréscimo de recomendações para as situações que precedem uma parada, e condutas para o durante e após a RCP:

  • Ao tratar crianças com doenças febris em ambientes limitados para recursos de cuidados intensivos, o uso de cristaloides isotônicos de forma restritiva melhora a sobrevida (Classe IIb, Nível B-R). Mas é aconselhável administrar 20 mL/kg de volume em casos de sepse grave e choque séptico;
  • A rotina de se usar atropina como pré-medicação para intubação orotraqueal para prevenir arritmias é controversa (Classe IIb, Nível C-LD). Além disso, não há evidências do que seria a dose mínima a ser usada;
  • Se a PCR ocorrer em uma criança usando medida invasiva de pressão arterial, utilizar este monitoramento durante a RCP para verificar a adequação da mesma (Classe IIb, Nível C-EO);
  • Se houver disponibilidade, use ETCO2 para monitorar a qualidade da RCP, mas não há valores alvo estabelecidos em pediatria (Classe IIB, Nível C-LD);
  • A desfibrilação em crianças deve ser feita com dose inicial de 2-4 J/kg (energia monofásica ou bifásica) (Classe IIa, Nível C-LD), mas para facilitar o aprendizado a dose ensinada pode ser de 2 J/kg (Classe IIb, Nível C-LD). Se houver refratariedade ao primeiro choque, aumentar a energia para 4 J/kg (Classe IIa, Nível C-LD), e em doses subsequentes manter 4 J/kg ou subir até um máximo de 10 J/kg (Classe IIb, Nível C-LD);
  • É aceitável usar amiodarona ou lidocaína para PCR em FV/TVSP em crianças que forem refratárias à desfibrilação (Classe IIb, Nível C-LD);
  • A epinefrina continua sendo recomendada como vasopressor a ser utilizado durante a RCP (Classe IIa, Nível C-LD);
  • RCP extracorpórea pode ser considerada em PCR intra-hospitalar de crianças cardiopatas (Classe IIb, Nível C-LD);
  • Após retorno à circulação espontânea, deve ser feito controle de temperatura, evitando febre na criança ou bebê (Classe I, Nível B-NR). Para crianças comatosas manter a temperatura entre 36oC e 37,5oC por 5 dias, ou dois dias de hipotermia (32oC a 34oC), seguidos de três dias de normotermia (Classe IIa, Nível B-R);
  • Após retorno à circulação espontânea, devem ser usados vasopressores em infusão contínua para manter a pressão arterial da criança acima do 5º percentil para a idade (Classe I, Nível C-LD);
  • Após retorno à circulação espontânea, o objetivo de saturação de oxigênio é de 94 a 99%, evitando-se fortemente que ocorra hipoxemia (Classe IIb, Nível B-NR), e limitando a ocorrência de hipercapnia (Classe IIb, Nível C-LD).

 Sites das Diretrizes 2015:

 

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