Por José Ribamar Branco*
Um dos grandes desafios no sistema de saúde no Brasil e no mundo é oferecer um assistência segura e de alta qualidade com baixo custo.
Nos últimos 30 anos a, medicina desenvolveu um amplo conhecimento, incorporou novas tecnologias e a população passou a ter acesso ao sistema de saúde.
Por outro lado, milhões de pessoas sofrem incidentes com danos enquanto recebem cuidados de saúde, como infecção relacionada à assistência a saúde, úlcera de pressão, queda, atraso de diagnóstico e tratamento, entre outros.
Em 1999, quando foi publicado o livro “Errar é humano” do Instituto de Medicina do EUA, relatava-se que a cada ano morriam 98.000 pessoas devido a incidente com dano prevenível. Em recente publicação, em 2013, novo estudo mostrou um cenário pior, com 440.000 mortes por dano que poderiam ter sido prevenidos.
Hoje, 35% dos gastos no sistema de saúde são desperdícios: uso excessivo de procedimentos, variação não científica no tratamento de diversas patologias, incidente com dano, custos administrativos, preços excessivo.
O sistema de saúde, em geral, perde muito dinheiro com incidente com dano passível de prevenção, o mesmo poderia ser gastos em melhoria da qualidade e segurança. Hoje um em cada dez pacientes sofre um incidente com dano preveníveis com impacto financeiro direto ou indireto.
Diante desde cenário, pode-se dizer que isto compromete as metas, o resultado financeiro da instituição e, consequentemente, o CEO será o responsável por isto.
As principais causas desses incidentes preveníveis são os gestores que não conhecem realidade dos incidentes na sua instituição, não mensuram os seus incidentes e não aprendem com os erros.
A saúde criou um sistema muito complexo, no qual não temos soluções simples para problemas que precisam de lideranças com nova visão centrada no paciente e uma abordagem multidisciplinar. Isto é uma grande oportunidade para lideranças inovadoras que consegue ver além do seu tempo.
A solução passa pelo CEO, que lidera uma transformação na sua instituição, na qual ele irá criar uma cultura de segurança, mensurar e diminuir números de incidentes com dano, trazendo melhores resultados econômicos e financeiros, construindo um novo legado onde os incidentes com dano será zero.
O líder tem hoje disponível, através do IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, um instrumento para conduzir este novo modelo de transformação do sistema de saúde e melhora os seus resultados financeiros da sua instituição.
Isto pode ser feito um modelo de coaching sobre segurança do paciente com forte ênfase na redução de desperdício e melhoria dos indicadores financeiros para o CEO. Consequentemente, será necessário aprofundar os temas com a diretoria e os gerentes no sentido de desenvolver habilidades e competências para alinhamento com as metas financeiras institucionais.
*José Ribamar Branco Fundador é diretor executivo e fundador do IBSP.
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