Em entrevista exclusiva ao IBSP, Aleta Borrud, geriatra hospitalista da Mayo Clinic, nos EUA, discute o cuidado seguro para idosos hospitalizados
No Reino Unido, 70% dos pacientes nos hospitais são idosos. E isso também deve acontecer no Brasil em breve. “Quando pensamos em segurança, precisamos nos ater aos pacientes idosos. Portanto é preciso focar nos eventos adversos específicos dessa faixa etária para garantir uma assistência de qualidade”, diz Aleta Borrud, geriatra hospitalista da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.
Segundo Aleta, um dos principais alertas de que o idoso tem uma doença grave é o delirium, que pode ser sinal de sepse ou de infarto agudo do miocárdio. “Se o médico entende isso e procura o problema, consegue prevenir o delirium ou reduzir o impacto dele”, diz.
Outro ponto de atenção é a administração correta de medicamentos, pois a prescrição equivocada, como dose errada ou uma droga que o idoso não poderia tomar, pode causar um quadro sério de delírio. “O farmacêutico clínico tem papel fundamental nesse cenário, ajudando a preservar a segurança do paciente, pois o quadro de um idoso pode se deteriorar rapidamente”, afirma Aleta.
“No hospital, o médico hospitalista tem um papel importante no cuidado do idoso, pois ele pode perceber as alterações clínicas com agilidade”, pontua a geriatra Aleta Borrud, formada pela University of North Carolina e palestrante internacional sobre cuidado seguro do idoso hospitalizado, sendo que seu trabalho é focado em prevenção de eventos adversos e delirium em pacientes geriátricos, e no uso de avaliação geriátrica para melhorar o atendimento hospitalar.
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