A qualidade nem sempre pode ser expressa em indicadores. Segundo médico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, é preciso equilibrar o que é quantitativamente e qualitativamente mensurável
Pode parecer óbvio, mas quando se observa os detalhes da coleta de um indicador e do processo de análise, inúmeros vieses podem surgir: de interpretação, confusão entre o que é aleatório e o que é importante. “Sinal e ruído: diferenciar as duas coisas é deliciado e precisa de formação específica. Afinal, é frequente ótimos dados se perderem em uma análise ou uma boa análise ser construída a partir de coleta de dados errônea”, diz Dr. Renato Vieira, gerente médico corporativo da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Nem tudo o que se consegue medir com facilidade representa a totalidade das coisas importantes que precisam ser conhecidas. Coisas sutis, como formas de comportamento, percepção subjetiva de amparo, a própria qualidade não passam por medições numéricas fáceis de serem feitas. “A qualidade passa por percepções que devem ser ativamente colhidas, embora não sejam facilmente expressas em indicadores”, afirma o Dr. Renato Vieira.
“Nem tudo o que é medido é convertido em números. Às vezes a medição é ‘melhorou’, ‘piorou’. Devemos tomar cuidado para não simplificar uma realidade muito mais complexa – a jornada no paciente, sua experiência – em números que dão uma visão fragmentada e parcial”, finaliza o médico.
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