ESPECIAL IBSP – CUIDADOS PALIATIVOS
Todo paciente com doenças que possam colocar a vida em risco deve receber cuidados paliativos para melhora na qualidade de vida e tratamento. No entanto, essa abordagem é muito associada a pacientes terminais, aqueles cujo problema não pode ser revertido.
Essa é uma das áreas em que o cuidado paliativo é aplicado e um dos assuntos polêmicos que rondam profissionais da área médica que lidam com a iminência de morte de pacientes é a distanásia. No dicionário, a definição da palavra é “morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento”, bem diferente do conceito de preservar a vida que muitas vezes é colocado.
“É um procedimento que acontece por falta de conhecimento técnico. É um problema grave. Muitas vezes, o profissional de saúde acredita que está fazendo o melhor para o paciente, mas não está”, afirma Dr. Ricardo Tavares de Carvalho, diretor científico da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
Luta contra morte
Essa distorção de conceito e julgamento se dá na formação de médicos. A maioria é treinada para lutar contra a morte, sem pesar as consequências. “O que passam para o médico é que ele tem que combater a morte a todo custo, vencer a morte. E isso não é possível. É preciso tratar adequadamente o fim da vida. A distanásia não reverte a situação e traz um sofrimento enorme da família”, completa o profissional.
Em 2010, o código de Ética da Medicina ganhou um texto contrário à prática da distanásia: “Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados”, diz o trecho da definição da conduta nomeada como ortotanásia.
Leia mais:
Saiba mais sobre o World Hospice and Palliative Care Day que é celebrado em 10 de Outubro no site: http://www.thewhpca.org/about
Conheça a Academia Nacional de Cuidados Paliativos: www.paliativo.org.br
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