Campanhas têm impacto positivo na luta contra o câncer de mama, diz médico

19/10/2015

ESPECIAL IBSP – OUTUBRO ROSA

A importância dos cuidados com a saúde feminina e o diagnóstico precoce do câncer de mama são assuntos recorrentes na mídia. Mas é no mês de outubro que a campanha se intensifica. Mas será que iluminar monumentos históricos e fazer corridas comemorativas têm impacto efetivo na luta contra a doença?

“O impacto da campanha é muito positivo. Faz a doença manter-se em evidência para a população brasileira. Outro efeito é que, com a ação da mídia, fica mais fácil pressionar gestores públicos na aprovação de leis, medicamentos em favor do tratamento do câncer de mama”, afirma Dr. Guilherme Novita, do hospital Albert Einstein e coordenador do serviço de mastologia do Hospital Paulistano.

“Felizmente, todas as ações são bem-recebidas. A colocação de luzes cor-de-rosa em monumentos públicos ajuda a lembrar da importância da doença e sua prevenção. Mas, também existem medidas mais práticas, tais como a realização de atendimentos, palestras de orientação e exames. Acredito que todas, no momento certo e para o público certo, são bastante relevantes”, completa Guilherme.

Angelina Jolie – entenda o caso da atriz

Outubro Rosa: desinformação alimenta o medo e pode matar

Papel do profissional de saúde

O engajamento das equipes médicas, das mais diversas especialidades, também faz toda a diferença, principalmente no período da campanha, em que o assunto fica em alta. “Os médicos podem trazer informações técnicas sobre a doença, desfazendo mitos e informando sobre novidades no diagnóstico e tratamento. Mas vale lembrar que o câncer da mama não é tratado apenas pelo mastologista. A equipe ideal contém médicos de várias especialidades (oncologia, radiologia, radioterapia, medicina nuclear, patologia) e outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros e nutricionistas. A campanha deve ter a participação de todos estes profissionais”, salienta o médico.