Controle de Infecção de Sítio Cirúrgico
É importante que o uso de antimicrobianos não seja a principal medida na prevenção de infecção em sítio cirúrgico. “A profilaxia antibiótica é vista como um fator de proteção, mas não o único”, diz Patricia Martino Longo, coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar e porta-voz do Hospital e Maternidade Brasil (da Rede D’Or São Luiz).
Outras medidas para evitar infecções em cirurgias, além da obrigatória profilaxia antibiótica, são: controle de infecções à distância, controle de comorbidades, como diabetes mellitus e imunossupressão, cessação do tabagismo e retirada de pelos com preparo adequado da pele com degermação e antissepsia.
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“A depilação deve ser feita com tricotomizador elétrico cerca de duas horas antes do procedimento e, preferencialmente, em outro local que não a sala cirúrgica”, alerta Patricia, afinal, pesquisas demonstram que o uso de lâminas de barbear na remoção de pelos produz cortes e lesões microscópicas, aumentando o risco de infecções.
No intra-operatório, é fundamental que se faça o controle glicêmico e de temperatura, que já se mostraram eficazes na prevenção de infecção de sítio cirúrgico para algumas cirurgias. Além disso, todo o material utilizado no procedimento deve ser estéril, sendo descartável ou reprocessado numa central de material e esterilização.
De qualquer forma, o serviço de controle de infecção hospitalar monitora a adesão à profilaxia cirúrgica e também as taxas de infecção de sítio cirúrgico, levando em conta todas essas variáveis. “Para cada infecção diagnosticada, levantamos as possíveis falhas nas boas práticas de prevenção e adotamos medidas corretivas imediatamente”, finaliza Patricia.
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