Em termos de qualidade de assistência, os direitos do paciente podem interferir na rotina da instituição da saúde. Não cumpri-los pode gerar de reclamações a eventos adversos
O paciente foi internado depois de horas no pronto-socorro. Isso quer dizer que ele precisa de cuidados assistenciais mais complexos, caso contrário poderia ter recebido alta e ter dado continuidade ao tratamento em casa. Entre os direitos do paciente durante a internação está o de ser atendido prontamente quando acionar o botão de chamado que normalmente fica ao lado do leito.
“Recomendo que o paciente informe diretamente à instituição de saúde na qual está internado possíveis atrasos na administração da medicação, assim como dificuldade de falar com qualquer profissional ou de não ser atendido com agilidade quando solicitada assistência”, diz Dr. Lucas Zambon, diretor científico do IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, médico supervisor da disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina FMUSP e assessor de Práticas Assistenciais da Superintendência Médica do Hospital Samaritano de São Paulo.
Direitos na internação
Entre outros direitos do paciente durante a estadia em uma clínica ou hospital está o de conhecer quem são os profissionais que irão atender, da enfermeira ao médico, passando pelos outros possíveis profissionais, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista. É importante que o médico saiba que o paciente tem o direito de exigir a avaliação de outro médico para obter uma segunda opinião. “Caso a solicitação não seja atendida, o paciente pode exigir que isso fique registrado em seu prontuário”, sinaliza Dr. Lucas.
Além disso, sempre que houver mudança no tratamento, o paciente ou o familiar responsável precisa ser informado da nova conduta adotada.
Menos sofrimento
Para Camila Sardenberg, diretora Corporativa de Qualidade e Segurança da Associação Congregação de Santa Catarina, uma instituição que envolve Saúde, Educação e Assistência Social, longas esperas é um dos sofrimentos que as boas práticas de qualidade e a segurança do paciente podem ajudar a minimizar.
“Há o sofrimento causado pela doença em si (dor, desconforto, falta de ar, ansiedade), o sofrimento causado pelo tratamento (complicações e efeitos colaterais) e o sofrimento causado pelo sistema de saúde. Longas esperas, atrasos, barulho, informações insuficientes e conflitantes e exames desnecessários também causam sofrimento e deveriam receber a nossa mesma atenção”, finaliza.
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