A equipe de cuidados paliativos deve saber lidar com a morte sempre de maneira sutil, respeitosa e realista
Após o óbito do paciente, a equipe de cuidados paliativos deve dar atenção ao processo de morte: como ocorreu, qual o grau de conforto e que impactos trouxe aos familiares e à própria equipe interdisciplinar são pontos de extrema importância. Isso significa que o trabalho de equipes como a de psicologia e a de assistência social são importantíssimos já que a dimensão biológica da doença é apenas um prisma.
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Cuidados paliativos – chega de prolongar a morte
“Após a morte do enfermo, pessoas próximas podem desenvolver luto difícil ou mesmo desenvolver comportamento psíquico aberrante, podendo também trazer demandas sociais, legais e organizacionais de difícil controle”, diz o Dr. Paulo Fabricio Nogueira Paim, médico acupunturista e hospitalista, Diretor Clinico do Hospital da Cruz Vermelha Brasileira e Presidente da Academia Brasileira de Medicina Hospitalar.
“Quando paciente e familiares sentem que existe uma equipe que tem como foco central lhes servir diante deste momento tão especial e difícil, se estabelece uma relação de respeito e confiança entre todos”, acredita Paulo.
Intervenções preventivas
A assistência familiar pós-morte pode e deve ser iniciada com intervenções preventivas. Durante o declínio clínico de pacientes com grandes probabilidades de óbito nas próximas horas ou mesmo pacientes com prognósticos reservados acometidos por doenças crônicas progressivas, as equipes assistenciais, principalmente a de psicologia, trabalham de forma bastante intensa com familiares e paciente, cada qual com seus conjuntos de símbolos e linguagem, trabalhando a aceitação do prognostico e a preparação emocional para o desfecho letal.
“Esta abordagem continua sutil, respeitosa e realista. Desenvolver estas habilidades deve ser uma das grandes buscas do profissional que pretende desempenhar com brilhantismo os cuidados paliativos”, completa o Dr. Paulo Paim.
*A Academia Brasileira de Medicina Hospitalar estará promovendo o II Congresso Brasileiro de Médicos Hospitalistas em Curitiba, entre 20 e 22 de Outubro de 2016, e que contará com a presença de membros do IBSP.
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