Centro de Pneumologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz registra aumento de 93% de casos de exacerbação de doenças respiratórias crônicas entre março e maio deste ano
O balanço do fim do outono e início do inverno, quando as baixas temperaturas já são realidade em boa parte do País, e com isso, mostrou que as doenças respiratórias típicas da estação também atingiram grande parte da população. Entre março e maio deste ano, o Centro de Pneumologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz registrou aumento de 93% de casos de doenças respiratórias, comparado ao mesmo período de 2015. Os diagnósticos mais frequentes são de rinite alérgica, asma, sinusite, bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica) e enfisema pulmonar.
No Hospital Alemão Oswaldo Cru, o número de casos registrados de 21 de março a 30 de maio de 2016 corresponde a 73% do total registrado entre março a setembro do ano passado. Nos últimos dois meses, foram atendidos 236 pacientes, enquanto que entre todo o outono e inverno de 2015 foram registrados 323 casos.
Durante o outono e inverno, a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica são fatores preocupantes para quem sofre de doenças respiratórias crônicas e um alerta para médicos que atuam em pronto-socorro, que têm a missão de saber identificar a gravidade dos casos. “Em dias frios é comum que as pessoas fiquem mais tempo em ambientes fechados, sem a devida circulação de ar, contribuindo para desencadear doenças respiratórias, além de favorecer a transmissão de gripes e resfriados”, afirma o Prof. Dr. Elie Fiss, coordenador do Centro de Pneumologia do Hospital.
Dicas para dar ao paciente
O contato com ácaros comumente presente em roupas de lã e cobertores que ficam guardados durante a maior parte do ano desencadeiam crises de alergias respiratórias. Coriza, espirro, tosse, dificuldade para respirar e mal-estar, que podem ou não estar associados à febre, são sintomas comuns a diversas doenças respiratórias. Para tratar o problema de forma eficaz é fundamental passar por uma avaliação médica.
“O mal-estar, a coriza e as dificuldades em respirar fazem com que as pessoas busquem o alívio imediato, recorrendo à automedicação. Isso é perigoso porque o uso inadequado de remédios pode mascarar e agravar a doença”, afirma o médico.
Entre as medidas de precauções indicadas pelo Prof. Dr. Elie Fiss estão: evitar ambientes fechados, lavar bem as mãos, proteger a boca ao tossir, beber bastante água, evitar o acúmulo de poeira, deixar os ambientes bem ventilados, lavar e secar ao sol mantas, cobertores e blusas guardadas por muito tempo. Também é recomendada a lavagem nasal com solução fisiológica para aliviar a irritação.
Vacina
Para evitar a gripe, que pode complicar o quadro de uma pessoa com doença respiratória crônica, é recomendada a vacinação, que na rede pública está disponível para pessoas com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas, insuficiência renal crônica, diabetes, cirrose hepática, hemoglobinopatias e imunodeficiência. Pacientes submetidos a transplantes, profissionais da saúde, idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 4 anos de idade também podem receber a vacina gratuitamente.
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