Apesar de os riscos nas UTI serem maiores, adoção de práticas de higienização das mãos, uso seguro de medicamentos, comunicação assertiva e até prevenção do risco de queda e de lesões por pressão são os mesmos.
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Confira a seguir a entrevista exclusiva com a enfermeira Flavia Fernanda Franco, que atuou por quatro anos como coordenadora de Enfermagem do Departamento de Pacientes Graves, no Hospital Albert Einstein, e atualmente é consultora do núcleo de segurança do paciente.
IBSP – Na área de terapia intensiva, qual a diferença de cuidado de uma UTI para uma semi-intensiva?
Flavia Franco – A principal diferença é a complexidade dos pacientes internados e, com isso, o que muda é a intensidade do cuidado e o monitoramento do paciente. Na semi, os doentes são de média complexidade, enquanto que na UTI são mais graves e com instabilidade clínica, necessitando de maiores cuidados e vigilância 24 horas.
IBSP – Quais as boas práticas nas unidades de terapia intensiva pode destacar?
Flavia Franco – Basicamente, as boas práticas são as mesmas na semi e na UTI, apesar de os riscos nas UTI serem maiores. Mas, no que se refere às barreiras e práticas de segurança há muita semelhança.
Entre as principais, posso citar a higienização das mãos em todas as oportunidades, processo seguro de administração de medicamentos, comunicação assertiva, identificação de riscos para evitar quedas intra-hospitalares, controle intensivo para evitar as lesões por pressão com mudanças de decúbito de duas em duas horas com avaliação da pele pelo menos uma vez por plantão, educação dos pacientes e dos acompanhantes para atuar como barreira na segurança dos processos.
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IBSP – Como é a orientação aos familiares em relação às práticas de segurança na UTI?
Flavia Franco – As visitas são liberadas 24 horas por dia. Com isso, o acompanhante do paciente pode visualizar tudo o que os profissionais de saúde estão fazendo. Em relação à higienização das mãos, por exemplo, orientamos os acompanhantes sobre a importância da prática e eles acabam por cobrar os profissionais que não realizam o procedimento ao se aproximar do paciente beira-leito.
Nos quartos da semi-intensiva, temos dispositivos eletrônicos nos dispensers de álcool gel que sinalizam com luz vermelha ao profissional que se aproximar do leito a necessidade de higienização. Esses recipientes computam a quantidade de vezes que foi utilizado por período, pois no início de cada plantão cada profissional pega seu dispositivo magnético para que possamos identificar e reforçar os colaboradores que não estão cumprindo essa barreira.
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