Higienização das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel a 70% precisa ser uma prática diária para controle de infecções
No último 5 de maio, o Dia Mundial da Higiene das Mãos, o lema da OMS foi “Está nas suas mãos – previna a sepse nos cuidados de saúde”. Com isso, a Organização Mundial da Saúde pediu às unidades de saúde que evitem a sepse associada aos cuidados de saúde através da ação de higiene das mãos e prevenção e controle de infecções. Estima-se que a sepse afeta mais de 30 milhões de pacientes todos os anos em todo o mundo.
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“O dia 5 de maio é um momento de chamar a atenção da importância da higienização das mãos para fazermos a sistematização do controle de infecções nas instituições de saúde e na nossa rotina diária”, comenta a infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen professora Titular do Departamento de Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Consultora em Segurança do Paciente e Controle de Infecções-Stewardship.
A Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) é comum, sendo um fator de risco para o desenvolvimento de sepse. “Mas podemos evitar isso. A higiene eficaz das mãos desempenha um papel fundamental neste contexto. No Dia Mundial da Higiene das Mãos (5 de maio), o foco para todos deve ser a prevenção da sepse nos cuidados de saúde”, sinalizou a OMS.
Segundo a Dra. Sylvia Lemos Hinrichsen, não é fácil ter o hábito de higienizar as mãos tanto em instituições de saúde quanto na vida pessoal. “Os controladores de infecção lutam para que o hábito de higienizar as mãos seja um hábito dos profissionais de saúde, usando água e sabão e complementada com álcool em gel”, comenta a médica.
De acordo com o enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria – Ensp/Fiocruz, Julio Cesar Pegado Bordignon, as mãos são o principal veículo de transmissão de microrganismos e contribuem para a disseminação de diversos agravos como gripe, doenças gastrointestinais, infecções de pele entre outros.
A infectologista e o enfermeiro afirmam que a higienização das mãos pode ser feita de duas maneiras: com água e sabão ou com preparação alcoólica (70%), dependendo da ocasião e das condições que se encontrem as mãos.
A primeira pode ser utilizada quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais, ao iniciar o turno de trabalho, após ir ao banheiro, antes e depois das refeições, antes do preparo de alimentos, antes do preparo e da manipulação de medicamentos. Já a segunda deve ser feita quando as mãos não estiverem visivelmente sujas antes e após contato com o paciente, antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos, após o risco de exposição a fluidos corporais, após o contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente.
Julio conclui que cabe, então, destacar que a higienização das mãos é uma medida preventiva, simples e barata, devendo esta ser um hábito que a população em geral necessita incorporar ao seu cotidiano para minimizar a transmissão de agentes infecciosos.
Todos pela ação no dia 5 de maio:
Profissionais da saúde: “Tome 5 Momentos para limpar suas mãos para prevenir sépsis nos cuidados de saúde”.
Líderes do IPC: “Seja um defensor na promoção da higiene das mãos para prevenir a sepse nos serviços de saúde”.
Líderes de estabelecimentos de saúde: “Evite a sepse nos serviços de saúde, faça da higienização das mãos um indicador de qualidade em seu hospital”.
Ministério da Saúde: “Implemente a resolução da sepse de 2017 da WHA. Torne a higiene das mãos um marcador nacional da qualidade dos cuidados de saúde.”
Grupos de segurança do paciente:”Peça 5 minutos de mãos limpas para prevenir a sepse nos cuidados de saúde”.
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