Dia Mundial da Psoríase
A assistência ao paciente deve ser racional, sem desperdícios, sem excessos. Isso significa que, apesar de algumas doenças não causarem risco de morte, elas podem piorar bastante a qualidade de vida. E o Dia Mundial da Psoríase, celebrado em 29 de outubro, alerta para essa doença inflamatória crônica da pele, mediada pelo sistema imune e caracterizada pela presença de lesões em placa ou em pápulas, eritematosas e descamativas (escamas de coloração prateada), que podem surgir em qualquer localização do corpo e causam um tremendo desconforto para os portadores. “Esta descrição corresponde à apresentação típica (psoríase vulgar ou em placas) que correspondente a 90% dos casos”, diz a Dra. Valeria Campos – médica dermatologista assessora da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Mas o que os profissionais de saúde precisam se atentar é em relação às outras variantes clínicas, embora mais raras, mas que também podem ocorrer: em gotas (gutata), flexural (inversa), pustulosa (generalizada e palmoplantar), eritrodérmica, artropática, em localizações particulares (couro cabeludo, unhas) e raras (congênita, linear). “Até hoje não se sabe os motivos causadores da doença, mas pesquisas científicas demonstram que, em 30% dos casos, o fator genético está envolvido”, salienta a dermatologista.
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A emoção fala mais alto
A prevalência da psoríase a nível mundial varia entre os 0,6% e os 4,8% da população, afetando igualmente homens e mulheres, surgindo em qualquer raça. O que pode, porém, desencadear quadros de agravamento são os fatores emocionais.
“Os eventos desencadeadores de stress podem afetar o aparecimento ou o agravamento da psoríase em cerca de 40 a 80%. Estudos revelaram que 80% dos pacientes com psoríase são expostos a situações de vida desencadeadoras de stress antes da instalação da doença e que estes sofrem de perturbações psicológicas (ansiedade e depressão)”, afirma a médica Valéria.
Como melhorar o tratamento dermatológico
Os tratamentos, tanto para ser feitos em casa, como com a ajuda de um profissional devem ser individualizados, sempre de acordo com as características de cada paciente. Isso quer dizer que a corticoterapia tópica, os análogos da vitamina D3, os novos medicamentos, chamados imunobiológicos, os lasers excimer, B-clear ou Pulsed dye laser, a fototerapia, especificamente com UVB, são as alternativas terapêuticas disponíveis. “O uso de medicações ansiolíticas e antidepressivas pode melhorar o resultado do tratamento dermatológico”, acredita Valéria.
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