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Desinfecção e reprocessamento de materiais para a saúde na pandemia

Desinfecção e reprocessamento de materiais para a saúde na pandemia
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A pandemia de COVID-19 exigiu mudanças estruturais em todos os departamentos das instituições de saúde. As Centrais de Materiais e Esterilização (CMEs) também foram impactadas. Nos primeiros meses da crise, o cancelamento de cirurgias eletivas reduziu drasticamente a demanda das CMEs no que tange aos artigos utilizados em centros cirúrgicos, porém aumentou consideravelmente o reprocessamento de itens ventilatórios.

Um artigo (1) publicado em agosto de 2020 traz uma reflexão sobre como os fluxos e os protocolos de processamento desses materiais foram alterados.  Entre os principais pontos abordados no texto estão os cuidados que as equipes que atuam nesse segmento devem ter, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os treinamentos realizados para garantir tanto a qualidade da prestação de serviços quanto a segurança dos trabalhadores.

Os profissionais que atuam nas CMEs já estão habituados quanto à importância do uso de EPIs, porém, com a COVID-19, essa temática ganhou ainda mais relevância incentivando, inclusive, que as organizações adquirissem mais itens de proteção.

O artigo traz duas tabelas sobre a paramentação dos profissionais. A primeira apresenta o recomendado pela RDC 15/2012. A segunda cita quais equipamentos de proteção individual estão sendo utilizados pelos trabalhadores das CMEs durante a pandemia de COVID-19. Importante lembrar que limpeza é a etapa onde há a remoção de matéria orgânica, sujidade, microrganismos e resíduos; e a desinfecção química é o processo em que todas as formas de vida microbiana e parte de esporos bacterianos são destruídos.

IBSP: Segurança do Paciente - Desinfecção e reprocessamento de materiais para a saúde na pandemia

IBSP: Segurança do Paciente - Desinfecção e reprocessamento de materiais para a saúde na pandemia

Além de reforçar o protocolo correto para paramentação desses profissionais, o artigo reforça que é proibido utilizar adornos (seguindo a NR 32 que define as diretrizes para proteção e segurança do trabalhador) e materiais de bolso como canetas e carimbos devem ser higienizados após as jornadas de trabalho. Além das recomendações sobre a paramentação individual, há indicações diversas sobre desenvolvimento de políticas de proteção e treinamento às equipes.

Fluxo de transporte e processamento

Depois da utilização, os profissionais de saúde devem acondicionar os materiais para serem conduzidos pelos trabalhadores da CME. O transporte deve ser realizado em recipiente fechado, exclusivo para itens contaminados, a fim de evitar a contaminação de outras superfícies. No caso da COVID-19, esses materiais devem ser processados o mais rápido possível – e com a menor manipulação viável – assim que chegam na central.

Segundo o estudo, os reprocessamentos mais indicados nesses casos são a termodesinfecção, a desinfecção química com imersão em ácido peracético e a desinfecção química com imersão em hipoclorito de sódio 1%. A garantia do processo de desinfecção depende de limpeza prévia, já que a presença de matéria orgânica ou sujidades inviabiliza a desinfecção.

Nos casos de materiais utilizados no atendimento a pacientes infectados com o novo coronavírus a prática de secagem com ar comprimido não é utilizada a fim de evitar a dissipação de aerossóis.

Lifelong learning

Enfermeiros e estudantes que atuam – ou pretendem atuar – em Centrais de Materiais e Esterilização (CMEs) podem aprender mais sobre o tema com o curso “Reprocessamento de Materiais para a Saúde”, disponível na vitrine de EAD do IBSP.

Com 10 horas de duração, o curso oferece subsídios e diretrizes de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, visando sempre a segurança do paciente e das equipes envolvidas. Entre os temas abordados estão os aspectos legais e a responsabilidade do profissional; considerações microbiológicas; tipos de reprocessamentos; embalagens; indicadores e segurança ocupacional.

Apresentado por Camila Mendonça de Moraes, doutora em enfermagem pela USP e especialista em engenharia biomédica, o curso oferece certificado. Clique AQUI para saber mais.

Referências:

(1) Coronavírus e os protocolos de desinfecção e reprocessamento de artigos hospitalares

 

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