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‘Doe agora. Doe sempre’: campanha aborda doação de sangue em situações de emergência

‘Doe agora. Doe sempre’: campanha aborda doação de sangue em situações de emergência
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Dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. Cabe ao profissional de saúde conscientizar seus pacientes sobre a necessidade de sangue e outros derivados sanguíneos para garantir a segurança dos pacientes em situações de emergência

Pacientes precisam de sangue a todo instante. “E sangue não tem substituto”, diz Dra. Selma Soriano, médica hematologista da Fundação Pró-Sangue, que atua no HU – Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) em entrevista exclusiva ao Portal IBSP.

Em casos de emergência, as bolsas de sangue podem significar a diferença entre a vida e a morte. “Em caso de acidente grave em que a vítima chega de helicóptero, não há tempo para identificar o tipo sanguíneo do paciente. Ter o sangue certo e na quantidade necessária é a garantia de segurança e qualidade do atendimento emergencial”, diz Dra. Selma, que informa que os comitês transfusionais dos hospitais precisam ter o sangue universal (tipo O, fator Rh negativo) à disposição para diversos tipos de emergências – como acidentes, complicações em cirurgias cardíacas, sangramentos gastrintestinais e até partos.

“Temos de cinco a sete minutos para que o sangue O negativo esteja nas mãos da equipe de emergência. Não há tempo para identificar o tipo sanguíneo do paciente e, por questões de segurança transfusional, as emergências usam o sangue mais raro”, completa Selma. “É um desafio constante”, garante.

Além do próprio sangue, há casos de emergência em que o comitê transfusional precisa fornecer ao paciente plaquetas para estancar uma hemorragia, conta Selma. “Temos até três horas para atender ao pedido. E as plaquetas, quando doadas, duram até cinco dias. Isso significa que a doação constante de sangue garante que vidas sejam salvas por conta de casos como este”, diz a hematologista da Fundação Pró-Sangue.

Dia Mundial em prol da doação
Neste 14 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data importante para aumentar a conscientização sobre a necessidade de sangue e seus derivados para garantir que os procedimentos emergências sejam executados com segurança ao paciente que está recebendo o sangue.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, um serviço de transfusão de sangue precisa dar aos pacientes uma coisa simples: acesso ao sangue e aos produtos sanguíneos em quantidade suficiente. “É preciso impulsionar a coordenação nacional dos serviços de saúde, que devem incentivar a doação voluntária e não remunerada”, pontua a OMS.

Papel do profissional de saúde
O profissional de saúde tem uma função essencial neste cenário: a de informar e engajar a sociedade na importância da doação de sangue. “O especialista do comitê transfusional tem a missão de ensinar ao corpo clínico multidisciplinar e interdisciplinar a comunicar a população sobre a necessidade de doação de sangue”, diz Selma.

Além disso, o foco no paciente pode ajudar na captação de candidatos à doação. “Em um hospital, unir os comitês de segurança do paciente, de gerenciamento de risco e transfusional é o caminho para garantir que haja sangue suficiente para as situações de emergência”, comenta a médica.

Campanha 2017
O slogan da campanha deste ano apela para que a população doe já, e doe muitas vezes: “O que você pode fazer? Doe sangue. Doe agora. Doe muitas vezes”.

A campanha deste ano aborda a doação de sangue em situações de emergência. Em crises ou situação de emergência, a resposta humana nativa é “O que eu posso fazer? Como posso ajudar?”. Portanto, o slogan para a campanha de 2017 é: O que você pode fazer, com a mensagem secundária: Doe sangue. Doe já. Doe frequentemente.

Isso quer dizer que a campanha salienta o papel que cada pessoa pode desempenhar para ajudar o outro em situação de emergência: doando seu bem mais precioso, o sangue. A campanha também se concentra no fato de que é importante doar sangue regularmente, de modo que haja sangue em estoque suficiente antes de uma emergência.

“Apenas 1,9% da população brasileira doa sangue regularmente. O ideal é que 3,5% façam frequentemente. Com isso, falta pouco para atingir meta ideal”, diz Selma Soriano.

Objetivos deste ano
• Incentivar as pessoas a fortalecer a preparação de emergência dos serviços de saúde em sua comunidade, doando sangue;
• Engajar as autoridades na necessidade de se estabelecer programas eficazes nacionais de doação de sangue, que tenham a capacidade de responder prontamente ao aumento da demanda de sangue durante as emergências;
• Promover a inclusão dos serviços de transfusão de sangue em atividades nacionais de preparação e resposta à emergência;
• Construir e amplificar a consciência pública sobre a necessidade do comprometimento com a doação de sangue durante todo o ano, a fim de manter um fornecimento adequado e conseguir uma autossuficiência nacional de sangue;
• Celebrar e agradecer as pessoas individualmente quem doa sangue e encorajar os jovens a se tornarem novos doadores o mais cedo possível;
• Promover a colaboração internacional e garantir a disseminação mundial do consenso sobre os princípios da dádiva não remunerada e voluntária da doação de sangue, além de reforçar a necessidade de se ter sangue seguro e em disponibilidade cada vez maior.

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