Essas faces mostram o quanto algo pode doer. A mais à esquerda indica ausência de dor e as próximas mostram cada vez mais dor, até chegar ao sexto rosto, que sinaliza muita dor.
“Não use palavras como “alegre” ou “triste”. Esta escala tem por objetivo medir como as crianças se sentem internamente e não como aparentam estar”, sinaliza a Associação Internacional dos Estudos da Dor (IASP), que define a sensação de cor como uma experiência física e emocional desagradável, associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos.
E existem dois tipos de dor: a aguda e a crônica. A primeira dura de segundos a semanas e é um sinal de alerta decorrente de um problema pontual, como infeção ou procedimento cirúrgico. Já a dor crônica é algo mais duradouro, podendo levar meses, anos ou até uma vida inteira.
Para conversar com o IBSP sobre esse tipo de dor, convidamos Alexandra Raffaini, anestesiologista da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor e especialista no Tratamento da Dor e em Medicina Intervencionista da Dor.
IBSP – Quais doenças estão relacionadas às dores crônicas?
Alexandra Raffaini – Qualquer tipo de dor aguda quando mal tratada pode se tornar crônica. A hérnia de disco, endometriose, fibromialgia, neuralgia pós-herpética, cefaleias, úlceras vasculares, dores oncológicas são alguns exemplos de dores que podem ser crônicas, principalmente se não controladas nos primeiros três meses.
IBSP – Quais as diferentes estratégias para lidar em cada diagnóstico?
Alexandra – O primeiro e mais importante passo é realizar o correto diagnóstico do que está causando a dor. Daí em diante são várias as estratégias para o controle, começando com a prescrição de medicações adequadas ao tipo e à intensidade da dor, aliado com procedimentos minimamente invasivos para controle álgico.
IBSP – Como entra a atuação da equipe multiprofissional, como enfermagem, psicologia?
Alexandra – A equipe multiprofissional tem importante papel na orientação do paciente, desfazendo crenças irracionais, desmistificando o uso dos opioides e orientando o paciente e os familiares da importância do uso correto da medicação. Também irá, juntamente da equipe médica, ajudar a reconhecer comportamentos abusivos. Em muitos casos, a equipe multiprofissional é a chave para o sucesso do tratamento, ajudando muito na aderência do paciente ao tratamento.
IBSP – Qual o papel de medidas adjuvantes não farmacológicas como fisioterapia e acupuntura?
Alexandra – A fisioterapia e acupuntura auxiliam no controle álgico e na reabilitação do paciente.
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