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Erros de medicação – Estudo analisa custos de ações preventivas e sugere que é mais barato prevenir do que remediar

Erros de medicação – Estudo analisa custos de ações preventivas e sugere que é mais barato prevenir do que remediar
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A tecnologia sempre foi uma boa aliada da saúde. Visando compreender o custo-benefício da implementação de ações e inovações tecnológicas no auxílio à prevenção de erros de medicação, um estudo selecionou um hospital universitário do sudeste brasileiro para uma análise retrospectiva, analítica e observacional.

Foram identificadas 13 implementações na organização entre 2007 e 2015, seis para a fase de administração de medicamentos, uma para as fases de prescrição e de administração, cinco para as fases de dispensação e administração e apenas uma que atendia todas as fases. As tecnologias e ações identificadas foram:

  1. Treinamento dos profissionais de enfermagem
  2. Programa de orientação para equipes de enfermagem recém-contratadas
  3. Uso da bomba de infusão
  4. Dupla checagem de medicamentos de alto risco
  5. Identificação das vias de administração com rótulos de diferentes cores
  6. Identificação do leito do paciente com uma placa
  7. Identificação do paciente com uma pulseira
  8. Dispensação de medicamentos por palmtop e leitor de código de barras
  9. Uso de pacotes unitários
  10. Kits de medicamentos organizados na sala de cirurgia
  11. Identificação do HRM com etiqueta colorida
  12. Identificação do HRM com saco plástico colorido
  13. Prescrição médica eletrônica

Na sequência, os pesquisadores desenharam todos os processos de prescrição, dispensação e administração de medicamentos da unidade (ao mesmo tempo em que um observador atuava indiretamente) e validaram esses fluxogramas com 26 profissionais que atuavam no setor, entre eles médicos, farmacêuticos, técnicos de farmácia, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Por fim, os custos foram mensurados calculando despesas fixas e variáveis e incluindo gastos com recursos humanos, recursos materiais e depreciação tecnológica. Assim, o estudo sugere:

  • Custo médio com mão de obra das tecnologias por paciente foi de R$ 31,91.
  • Custo médio com recursos materiais e equipamentos das tecnologias por paciente foi de R$ 23,83.
  • Custo total médio das tecnologias foi de R$ 55,72 por paciente por ano.
  • O maior investimento (39,3%) foi para a fase de administração, seguido pela fase de prescrição (31,7%) e pela fase de dispensação (29%).
  • Como resultado, antes da implementação das tecnologias o indicador de incidência de erro de medicação era de 2,4%. Depois de todas as tecnologias em uso, houve queda de 97,05% na taxa.

Em sua conclusão, o estudo traz apontamentos relevantes. Sugere que o investimento em prevenção é menos oneroso – e obviamente mais benéfico – do que o potencial custo com as consequências dos erros de medicação e descreve que a implementação de tecnologias leves (que exigem menos desprendimento financeiro) apresenta bons resultados. É o caso da educação continuada e do processo de integração dos novos enfermeiros às equipes já formatadas. Tudo isso, pois, “os aspectos educativos em saúde permitem a construção de novos saberes, levando a uma prática consistente de conduta preventiva e humanizada”.

Referências:

(1) Implementing technologies to prevent medication errors at a high-complexity hospital: analysis of cost and results

 

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