Erros de Diagnóstico e Tratamento de TVP
Como se sabe, a trombose venosa profunda (TVP) é uma obstrução de veias profundas por coágulos, com interrupção do fluxo de sangue local, que normalmente ocorre nos membros inferiores, levando ao um quadro súbito de dor intensa, inchaço e dificuldade para andar.
“O principal risco da TVP é a embolia pulmonar, com a migração do coágulo de veias profundas para as artérias pulmonares, com risco de morte”, diz o Dr. Ricardo Pulido, médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residências em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Além disso, em longo prazo, a TVP mal tratada pode levar a um edema crônico do membro afetado, com dores, hiperpigmentação e úlceras venosas.
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Se houver suspeita de embolia pulmonar no paciente com TVP, é mandatória a internação do paciente para a realização de angiotomografia de artérias pulmonares. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com anticoagulantes e medidas de suporte respiratório, dependendo da gravidade do caso. “Em algumas situações, como trombose ‘a cavaleiro’ ou de grandes ramos pulmonares, com hipertensão pulmonar, faz-se necessária a trombólise ou a remoção cirúrgica do coágulo”, avalia Ricardo.
Porém, muitas vezes o diagnóstico de TVP não é feito por falta de suspeita por parte do clínico. “Para resolver essa questão, o treinamento dos profissionais de saúde é fundamental para que o padrão-ouro de diagnóstico seja cumprido, com a realização da ultrassonografia com Doppler, exame que não está facilmente disponível fora dos grandes centros”, reforça o médico.
Grupo de risco
Qualquer pessoa que já sofreu embolia pulmonar, síndrome pós-trombótica e flegmasia cerulea dolens tem risco maior para desenvolver novas ocorrências tromboembólicas. “Pacientes que tiveram dois ou mais fenômenos tromboembólicos, ou que apresentam história familiar positiva para esse tipo de problema têm risco muito alto, devendo ser submetidas à anticoagulação perene. Pacientes com doenças neoplásicas e com alterações genéticas da coagulação (Fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina) também se encaixam nesse perfil”, alerta o Dr. Ricardo Pulido.
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