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Farmacêutico de oncologia tem papel primordial no plano de segurança do paciente

Farmacêutico de oncologia tem papel primordial no plano de segurança do paciente
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Da qualidade do medicamento destinado ao paciente até acompanhamento da efetividade tratamento, farmacêutico garante qualidade e evita erros assistenciais

A atuação multidisciplinar voltada para segurança do paciente não está restrita à enfermagem, fisioterapia ou a fonoaudiologia em âmbito hospitalar. O farmacêutico, cada vez mais, mostra que seu trabalho resulta em mais segurança ao paciente e à qualidade. Quando falamos de pacientes com câncer, o papel deste profissional ganha destaque . “A manipulação de medicamentos oncológicos é uma das etapas mais importantes de todo o processo voltado ao paciente em terapia antineoplásica”, diz Adriana Löffel, coordenadora de Farmácia do A.C.Camargo. Confira entrevista exclusiva com a profissional ao Portal IBSP.

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IBSP – O papel de um farmacêutico em um hospital oncológico está intimamente relacionado às práticas de segurança?
Adriana Löffel – Sim, sem dúvida. O farmacêutico atuante na área de oncologia tem papel importantíssimo no plano de segurança do paciente. No ramo farmacêutico, quando falamos de práticas seguras, não é difícil identificar pensamentos voltados exclusivamente à dispensação de medicamentos, mas a atuação do farmacêutico vai muito além dessa etapa no ciclo da assistência farmacêutica. Ele é o profissional responsável pela qualidade dos medicamentos destinados ao tratamento dos pacientes, responde pela análise da prescrição médica que visa correlacionar aspectos clínicos e técnicos farmacêuticos, bem como tem como princípio apoiar a equipe multidisciplinar no acompanhamento da efetividade do tratamento medicamentoso.

IBSP – Em um hospital oncológico, há uma área forte de atuação: a produção, que manipula quimioterápicos. Como ela funciona e quais os maiores entraves?
Adriana – A manipulação de medicamentos oncológicos é uma das etapas mais importantes de todo o processo voltado ao paciente em terapia antineoplásica. Sem ela, os esforços anteriores do farmacêutico clínico em analisar prescrições, intervir junto às equipes, participar de visitas multidisciplinares e discutir casos clínicos não faz sentido. Nessa etapa, as questões de farmacotécnica são muito relevantes e tem correlação com a efetividade da terapia aplicada. São importantes também os controles pertinentes do processo produtivo, como equipamentos de exaustão e de proteção individual validados e modernos, monitoramento de diferencial de pressão da sala onde se manipula os medicamentos em relação às salas adjacentes, técnicas seguras de manusear frascos, seringas, agulhas, embalagens, etc… Ficar atento a toda essa engrenagem e garantir qualidade na manipulação dos medicamentos é bastante desafiador para o farmacêutico.

IBSP – Em pacientes oncológicos, a orientação da alta é ainda mais primordial?
Adriana – A orientação de alta é um ponto forte. Instituições que conseguem contar com o farmacêutico acompanhando e orientando pacientes nesse momento são diferenciadas na qualidade que prestam ao paciente e na segurança que imprimem no seu tratamento.

Porém ter conhecimento da admissão é tão importante quanto a alta. Saber como a instituição está recebendo o paciente, seu perfil, que medicamentos faz uso, se teve intercorrências clínicas recentes pode auxiliar bastante na condução da continuidade do cuidado e na orientação de alta.

IBSP – Na sua experiência no A.C.Camargo, o que tem dado certo (práticas, diretrizes, protocolos)?
Adriana – A estrutura de Farmácia do A.C.Camargo conta com profissionais farmacêuticos competentes, capacitados e atualizados nos assuntos ligados à oncologia, os quais compreendem que o paciente deve ser visto na totalidade da sua doença. Dessa forma, temos um excelente olhar do farmacêutico clínico integrado às demais especialidades da equipe multidisciplinar.

IBSP – Quais as suas dicas para o farmacêutico desempenhar bem seu papel na área oncológica?
Adriana – O conhecimento é sempre muito bem vindo e o farmacêutico especialista em oncologia busca exatamente isso: conhecimento. Estudar sobre a área de atuação é um bom começo, debruçar-se sobre assuntos ligados a essa área pode despertar novos interesses que interligados em cadeia, vão elucidando o mundo da oncologia. Eu diria que nós, farmacêuticos especialistas em oncologia temos a oportunidade de nos moldarmos a cada dia quando temos diante de nossos olhos situações edificantes que promovem a vontade de conhecer e contribuir mais para o sucesso da terapia de cada paciente.

Veja mais:

[youtube id=”V3MGbY7dobc”]

 

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