A vacinação contra a gripe é a forma mais eficiente para a redução do impacto da doença
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação anual é uma resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar a circulação de amostras dos vírus. “A constante mudança dos vírus Influenza requer monitoramento global e frequente reformulação da vacina. Portanto, recomenda-se a vacinação seja feita anualmente”, diz o Dr. José Branco, fundador do IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente.
Em novembro de 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) endossou a orientação da OMS e adotou a vacina trivalente, que contém os vírus determinados pela OMS. Ela é produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo. A vacina disponível nas clínicas particulares é a tetravalente, que protege contra uma variação a mais do vírus da gripe.
Quais são os tipos de vacina de gripe?
A vacina trivalente contra a gripe protege contra a Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, e a Influenza B (subtipo Brisbane). A tetravalente protege, além dos três tipos de gripe da trivalente, contra o subtipo Phuket da Influenza B.
Como a vacina é elaborada?
Anualmente, a OMS convoca duas consultas técnicas, em fevereiro e setembro, para recomendação das amostras vacinais candidatas que irão compor as vacinas contra Influenza sazonal dos hemisférios Norte e Sul. Uma amostra vacinal candidata é um vírus Influenza que o Centro de Controle de Doenças (ou um dos colaboradores da OMS) seleciona e prepara para uso na produção de vacinas.
Amostras vacinais candidatas são tipicamente escolhidas com base na similaridade com os vírus influenza que estão se disseminando e causando infecções em humanos, assim como na sua habilidade de multiplicação em ovos de galinha, onde os vírus vacinais são cultivados.
Por que a vacina muda todo ano?
Devido a essa mutação dos vírus, é necessário se vacinar anualmente contra a Influenza. Grupos prioritários podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.
Para quem são indicadas as vacinas contra a gripe?
Estão indicadas para todas as pessoas, exceto para bebês com menos de 6 meses de idade. Dependendo do fabricante da vacina, um dos tipos da tetravalente só pode ser dado para crianças maiores de 3 anos de idade. A Trivalente pode ser dada para todos acima de 6 meses. Crianças de 6 meses a 1 ano tem que tomar duas doses com intervalo de 1 mês.
Qual é a vacina oferecida pelo SUS?
A vacina oferecida pelo SUS nos postos de saúde e centros de vacinação é a trivalente.
E a vacina da clínica particular?
Clínicas particulares costumam oferecer, além da vacina trivalente, a vacina tetravalente. Essa vacina também pode ser chamada de quadrivalente e já é oferecida pelo sistema público de saúde dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
Qual deve ser o preço da vacina? Como denunciar preços abusivos?
Segundo o Procon, caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. O órgão não informou quantos hospitais foram notificados. O Procon investiga a informação de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço da vacina de R$ 120 para até R$ 215. No ano passado, segundo o órgão, o preço médio do imunizante era R$ 45.
Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Uma média de 2 a 3 semanas.
Quem tem prioridade para se vacinar gratuitamente?
– Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;
– Gestantes;
– Puérperas, ou seja, mulheres que deram a luz (até 45 dias após o parto);
– Trabalhador de saúde;
– Povos indígenas;
– Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;
– População privada de liberdade, o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas;
– Funcionários do sistema prisional;
*As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Mas, para esse grupo não há meta específica de vacinação.
Quais são as contraindicações para a vacina?
De acordo com o Portal da Saúde, pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Quem está com imunodepressão, natural ou medicamentosa, deve receber orientações específicas do próprio médico.
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