Home care e Segurança do Paciente
Qualquer hospital é um ambiente inseguro, no qual o paciente fica exposto a muitos riscos. “O atendimento domiciliar minimiza estes riscos e até evita alguns, como medicações erradas, exames desnecessários e erros de identificação”, acredita a Simone Raiher, médica infectologista e intensivista formada pela Faculdade de Medicina do ABC e Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Troca de bebês é causada por identificação errada
IBSP – Em quais casos ele o home care é recomendado?
Simone – Sempre que o procedimento ou tratamento que o paciente está recebendo for possível de ser feito no domicílio, como término de antibióticos, terapias de reabilitação e cuidados paliativos.
IBSP – A desospitalização é algo seguro, já que minimiza riscos de infecção?
Simone – A desospitalização não só minimiza o risco de infecção, mas muitos outros riscos. Existem muitos estudos que comprovam que a reabilitação do paciente no próprio domicílio é muito mais rápida do que quando ele está no hospital.
IBSP – É, portanto, uma das formas de humanizar a recuperação do paciente?
Simone – Sem dúvida. O envolvimento familiar neste processo e a segurança que o paciente sente na sua própria casa são incomparáveis em relação ao melhor cuidado que ele possa receber no hospital
IBSP – Quais os pilares de um home care? Envolve planejamento, coordenação e atuação de vários serviços?
Simone – A alta deve ser planejada e o plano terapêutico bem definido pelo médico e em acordo com a equipe multiprofissional. O paciente e a família devem ser envolvidos neste processo.
IBSP – Qual o papel da enfermagem nesse processo?
Simone – Os enfermeiros devem compartilhar as decisões.
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