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Menos açúcar: OMS diz quanto recomendar aos pacientes

Menos açúcar: OMS diz quanto recomendar aos pacientes
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OMS recomenda consumo baixo de açúcar

 

Controlar a quantidade de sódio na alimentação já é algo mais intrínseco nos hábitos dos brasileiros. Mas o que muitas pessoas não sabem é que o açúcar também é um dos grandes vilões da alimentação de adultos e crianças. Para combater a ingestão excessiva, em março de 2015, a Organização Mundial da Saúde lançou um guia com recomendações de consumo de açúcar para todas as idades. “O novo guideline da OMS recomenda que adultos e crianças reduzam seu consumo diário de açúcar para menos de 10% do total de calorias ingeridas por dia. A nova redução para 5%/dia (ou 25g, o que corresponde a 6 colheres de chá) promove ainda mais benefícios à saúde”, sinaliza a OMS.

“Nós temos sólidas evidências de que manter a ingestão de açúcar em menos de 10% do total ingerido por dia rediz o risco de sobrepeso, obesidade e cárie”, confirma o Dr. Francesco Branca, diretor do departamento de nutrição da OMS.

“A redução do consumo de açúcar é benéfica para todas as pessoas em qualquer faixa etária, pois o consumo causa uma excitação neuronal e vicia as papilas gustativas, além de estimular a compulsão alimentar e o desenvolvimento de um paladar infantil, cada vez mais necessitado de doces e em quantidade maior, muitas vezes excessiva”, diz a Dra. Hannah Médici, nutricionista formada pela Universidade São Camilo, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional pelo Centro Valéria Paschoal / Divisão Ensino e Pesquisa (CVPE), Discente e membro do The Institute for Functional Medicine (USA) e do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF).

A necessidade do ser humano é de carboidratos como fonte energética, mas não significa que deva ser proveniente de açúcar (1g = 4 kcal), muito menos de preparações adoçadas, que são excessivamente mais calóricas. “No consumo diário, podem causar aumento de disbiose, que é o desequilíbrio da microbiota intestinal, causando inflamação, aumento de peso, dor muscular, enxaqueca, queda no rendimento cognitivo, diabetes, hipertensão e muitas outras doenças com processo inflamatório instalado”, alerta a Dra. Hannah.

 

Tipos de açúcar

A recomendação abrange todos os tipos de açúcar (sacarose, glicose e frutose) vindos tanto do açúcar de mesa, mel ou adicionados a produtos industrializados. Boa parte do açúcar consumido pela população brasileira está escondida em alimentos, como temperos, sucos industrializados e refrigerantes.

“A substituição por fontes naturais de adoçar como mel, açúcar de coco ou adoçantes como xilitol e estevia podem ser interessantes para diabéticos. De qualquer forma, o ideal é sempre adotar a conduta de adoçar menos do que o que gostaríamos como caminho de prevenção de doenças”, afirma Dra. Hannah.

 

Fonte de energia

As diretrizes da OMS relacionadas ao consumo de açúcar não inclui frutas frescas, vegetais e o açúcar natural do leite, pois não há evidências adversas reportadas atreladas ao consumo deste tipo de açúcar.

Vale, sempre, reforçar ao paciente que é preciso priorizar frutas, vegetais e legumes para uma alimentação saudável. “É fundamental para garantir todas as vitaminas que o corpo necessita diariamente para manter cada uma das trilhões de células em seu completo funcionamento, garantindo energia para as atividades, sem prejudicar a função de nenhum órgão ou sistema. E o açúcar, que comprovadamente vicia mais do que algumas drogas, deve ser restringido da alimentação, dando lugar a preparações e frutas naturalmente doces”, conclui a nutricionista.

 

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