Especial – Dia Nacional de Combate ao Câncer
Um dos fatores que pode ser apontado como prejudicial no diagnóstico precoce e tratamento de vários tipos de cânceres é a falta de informação. A doença é uma das mais envolvidas em uma verdadeira cortina de mitos que fomentam medo nos pacientes e favorecem a criação de tabus.
De acordo com Dr. Daniel Fernandes Saragiotto, médico oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital Sírio-Libanês, os profissionais da área médica ainda se deparam com falta de informações básicas por parte dos pacientes. “Não raro temos que explicar mitos falsos sobre o câncer, como, por exemplo, que não é algo contagioso; que deve ser tratado (o mito de que não se deve mexer no câncer ainda existe); que pode ser curado com tratamento adequado e que, mesmo quando incurável, em muitos casos pode ser tratado, permitindo à pessoa uma vida normal como de qualquer doente portador de uma doença crônica”, conta o profissional.
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A mesma lógica se aplica quando falamos sobre as novas formas de tratamento da doença. O profissional explica que alguns dos avanços alcançados pela ciência não são tão novidade assim. Mas que ainda permanecem desconhecidos pela maioria da população. “Diversas questões recentes que melhoraram muito o tratamento do câncer ainda não são de conhecimento das pessoas”, afirma.
Cirurgia robótica
As técnicas cirúrgicas com incorporação da cirurgia robótica permitem melhor precisão nos procedimentos e menos sequelas. Além disso, traz como benefícios a diminuição da dor e do desconforto no pós-operatório, a diminuição de perdas sanguíneas durante a cirurgia e o menor tempo de permanência no hospital.
Radioterapia de Intensidade Modulada
Nos últimos anos, novas técnicas de radioterapia beneficiaram muitos pacientes com diagnóstico de câncer. Entre elas, a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) que um tipo de tratamento que regula de forma mais precisa, e intensa, as doses de radiação. Essa técnica permite minimizar as doses que atingem tecidos sadios e é indicada principalmente para tumores de próstata e de cabeça e pescoço, tumores ginecológicos, gastrointestinais e tumores do sistema nervoso central.
Imunoterapia
Mais recentemente na oncologia drogas que atuam no sistema imune trouxeram resultados muito interessantes para alguns tipos de câncer e devem evoluir ainda mais daqui pra frente, de acordo com o profissional. Na Conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizada em 2014, algumas descobertas foram divulgadas sobre o tratamento desse tipo de terapia e consideradas impressionantes pelos cientistas. A técnica que estimula o sistema imunológico do paciente começou a ser estudada há cerca de 50 anos, mas só recentemente começou a apresentar resultados satisfatórios em tipos agressivos de câncer de pele, e de câncer de colo de útero.
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