Imagem de microscópio eletrônico do vírus da zika (pontos pretos) em tecido humano
Zika agora é de notificação obrigatória
A partir desta quinta-feira (18/02), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika passa a ser obrigatória por parte dos médicos e instituições de saúde. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, prevê que todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias.
No caso de gestantes com suspeita de infecção pelo vírus Zika ou de óbito suspeito, a notificação deverá ser imediata, ou seja, feita pelos profissionais de saúde em até 24 horas.
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O Ministério da Saúde informou que a mudança é resultado de uma análise dos métodos de acompanhamento do vírus no Brasil. Até então, a infecção era monitorada por meio do Sistema de Vigilância Sentinela, para prestar apoio a medidas de prevenção à doença.
A decisão de tornar a notificação obrigatória foi tomada em parceria com estados e municípios, além de especialistas.
“Os profissionais de saúde de todo o Brasil estão sendo orientados sobre a medida por meio dos diversos canais de comunicação de rotina, como videoconferências, e-mails, ofícios e contatos diretos”, destacou o ministério.
Entenda a doença
Na maioria dos casos, o vírus Zika provoca uma doença benigna e, por vezes, assintomática. Provoca alguns sintomas leves parecidos com uma gripe (febre, dor de cabeça, dores no corpo). No entanto, quando o vírus afeta mulheres grávidas, pode provocar graves malformações congênitas dos fetos, em particular a microcefalia, doença que compromete o desenvolvimento normal do tamanho da cabeça dos bebês e que compromete o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congênitas constitui “uma urgência de saúde pública em nível mundial”.
Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas que envolvem o vírus Zika, que assola a América Latina, particularmente o Brasil e a Colômbia.
Os pesquisadores esforçam-se, em particular, para determinar a ligação entre o vírus e a microcefalia e procuram saber em que proporção o vírus compromete o feto. Porém, no momento, não existe vacina ou tratamento contra o Zika.
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