O Medo das Mudanças
Existe resistência de profissionais da área médica em adotar práticas de excelência em segurança do paciente. E driblar isso vai um pouco além da vontade de fazer um trabalho de assistência à saúde de qualidade, pois esbarra na resistência dos profissionais em mudar. “Não acredito que alguém seja realmente contra práticas de excelência ou melhorias na segurança do paciente. O que existe, como em todas as áreas da atividade humana, é a resistência inicial às mudanças”, diz Dr. Antonio Capone Neto, Gerente Médico da Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Israelita Albert Einstein.
No caso de práticas médicas seguras, pode haver resistência porque muitos profissionais vêem os problemas de segurança como não sendo relacionados à sua prática clínica, não acreditam que algumas mudanças irão resultar em melhorias, têm a percepção que sua autonomia está em risco ou por simples autoritarismo ou crenças cientificamente infundadas.
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Estratégias
É preciso múltiplas estratégias para vencer a resistência às mudanças relativas às práticas seguras. “Entre elas, ter uma liderança comprometida com a segurança e com a transparência, oferecer treinamentos em melhoria de qualidade em saúde e segurança do paciente, sempre que possível envolver os profissionais médicos nos projetos de melhoria, desenvolver uma cultura de segurança onde transparência de resultados, de objetivos e falhas seja central. Além disto, desenvolver uma política de cuidados que sejam centrados nos pacientes e não nos profissionais da saúde”, acredita Dr. Antonio.
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