Dia Mundial da Osteoporose
Criado em 1996, o Dia Mundial da Osteoporose é comemorado dia 20 de outubro com o intuito de orientar a prevenção, diagnóstico e tratamento desta doença que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Fundação Internacional da Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation).
A grande dificuldade encontrada pela área médica é que a osteoporose é uma condição silenciosa, assintomática, o que dificulta o diagnóstico antes da ocorrência de fraturas. “Por isso, usamos dados para avaliar quais pacientes têm mais riscos de ter osteoporose antes da realização de exames”, explica Dra. Marise Lazaretti Castro, diretora científica da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo.
O grupo de risco é formado por mulheres no período pós-menopausa. Em geral, caucasianas têm mais propensão de perda óssea do que negras, e outros fatores que aumentam o risco são: menopausa precoce, histórico de osteoporose na família, fumantes, portadoras de doenças crônicas (reumatológicas, pulmonares e intestinais), usuárias de corticoides, entre outros.
“Quando existem alguns desses fatores, o médico pede o exame de densitometria óssea. Além dos exames de rotina em mulheres a partir dos 55 anos e homens a partir dos 70, no sistema privado. No SUS, o exame é feito em mulheres com mais de 65 anos e homens com mais de 70 também”, conta a profissional.
Depois da densitometria, exames de sangue são realizados para investigar a presença de doenças associadas à perda de massa óssea. “As causas mais comuns são deficiência de vitamina D, doença pulmonar obstrutiva crônica, as doenças inflamatórias (intestinais, reumatológicas), diabetes mellitus e hiperparatireoidismo. Além de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica, que têm maior risco para ter osteoporose no longo prazo”, afirma.
O tratamento da doença, além de terapia medicamentosa, inclui ingestão de cálcio, vitamina D e realização de algum tipo de atividade física, nem que seja uma caminhada para começar.
Risco de Quedas
O principal impacto da osteoporose na qualidade de vida dos pacientes e que os levam a dar entrada em hospitais são as quedas e fraturas. “A fratura tem consequências graves. Se for de quadril (em geral em indivíduos mais velhos), aumenta o risco de morte em cinco a sete vezes, porque necessita de cirurgia. A chance desse paciente se tornar dependente é muito grande também. Em geral, 80% deles acaba com algum grau de dependência”, aponta Dra. Marise.
Fraturas vertebrais também estão entre os principais problemas que pioram a qualidade de vida e aumentam o custo da saúde com pacientes, já que a ocorrência de fraturas osteoporóticas ultrapassa o número de câncer de mama e infarto do miocárdio somados. “Essas fraturas causam muito dor, a pessoa tem que fazer uso de analgésico forte e o risco de morte também aumenta de cinco a sete vezes”, afirma a profissional.
Saiba mais:
Conheça a IOF – International Osteoporosis Foundation em: http://osteoporosisinlatinamerica.com/pt/o-que-e-a-iof/
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