ESPECIAL IBSP – OUTUBRO ROSA
No mês de outubro, as atenções se voltam para a conscientização sobre o câncer de mama. O mês foi escolhido para intensificar a divulgação de informações sobre a doença, assim como prevenção, o diagnóstico e os tratamentos.
A campanha, iniciada há quase 20 anos dos Estados Unidos, ajudou mulheres a entender a importância do autoexame para detectar a doença. O desafio agora é orientar sobre a realização da mamografia. “As campanhas têm focado no diagnóstico precoce do câncer de mama através da mamografia. O autoexame detecta tumores com cerca de 2 centímetros, enquanto a mamografia é capaz de detectar a partir de 1 milímetro, sendo muito mais eficiente”, explica Dr. Guilherme Novita, do hospital Albert Einstein e coordenador do serviço de mastologia do Hospital Paulistano.
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As abordagens anteriores, que falavam massivamente apenas sobre o autoexame, acabavam por transmitir a sensação de que apenas essa medida era suficiente e muitas mulheres deixavam de fazer a mamografia. “Hoje, procuramos sempre avisar que a prevenção do câncer de mama deve começar aos 40 anos, com mamografia anual”, afirma Guilherme.
Foco no tratamento
Outro enfoque da campanha é reforçar a importância da cura completa do câncer. “Além da detecção precoce, também queremos que a paciente disponha dos mais modernos tratamentos. Hoje, o câncer de mama pode ser tratado com pequenas cirurgias, que preservam a glândula mamária e são tão eficientes quanto as mastectomias radicais do passado. E os casos que ainda precisam de mastectomia podem ter a mama totalmente reconstruída durante a cirurgia, minimizando o impacto psicológico do tratamento”, afirma o médico.
Saber da existência dos tratamentos disponíveis e como eles funcionam ajuda pacientes a exigir que a rede pública e as operadoras de saúde invistam em modernizar suas unidades. “Existem cada vez mais medicações disponíveis para o tratamento, com menos efeitos colaterais. Também há exames que permitem avaliar a genética do tumor e selecionar melhor os casos que precisam de quimioterapia”, finaliza Guilherme Novita.
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