Enfermeira assistencial conta algumas das boas práticas ligadas à segurança do paciente em UTI no Oswaldo Cruz Hospital Alemão
Confira a seguir a entrevista exclusiva com Luciana Albuquerque, enfermeira assistencial da UTI do Oswaldo Cruz Hospital Alemão.
Qual a importância da segurança do paciente no Oswaldo Cruz Hospital Alemão?
Luciana Albuquerque – A segurança do paciente é fundamental em todas as áreas do hospital e, nas unidades de terapia intensiva, isso ganha relevância. No Oswaldo Cruz Hospital Alemão, que é acreditado pela JCI, nós temos uma prática relevante nas UTIS, que são as rondas de cateter. Além disso, temos que conhecer e colocar em prática as metas internacionais de segurança do paciente.
Como vocês trabalham as metas internacionais no hospital?
Luciana Albuquerque – Há treinamentos periódicos para toda a equipe assistencial. Semanalmente, há uma reunião que trabalha as metas internacionais e pontos centrados em segurança do paciente. Também já fizemos gincanas com perguntas sobre as metas, que tinham que ser respondidas pelos profissionais de saúde.
Como fazem a conscientização do paciente sobre a cultura de segurança?
Luciana Albuquerque – Trabalhamos fortemente a educação do paciente para que ele ajude a cuidar de sua segurança. Quando admitimos o paciente, colamos as pulseiras de identificação e risco de queda e explicamos como prevenir a queda e possíveis erros relacionados à identificação errônea. E até pedimos que o paciente exija dos profissionais que lavem as mãos ao entrar no quarto para prestar a assistência.
Quais os maiores desafios da segurança do paciente?
Luciana Albuquerque – O desafio é com os médicos externos do hospital, que em sua grande maioria não tem a cultura de segurança intrínseca ao trabalho. Por exemplo, boa parte não higieniza mãos, deixa a grade abaixada da cama após examinar o paciente. Portanto, acredito fazer com que os médicos terceirizados passem a aderir às boas práticas de segurança ainda é um dos pontos de atenção dentro das UTIs dos hospitais.
Qual a importância de uma comunicação eficaz dentro da equipe multidisciplinar?
Luciana Albuquerque – Na UTI, essa comunicação é mais eficaz do que no restante do hospital, pois tanto a enfermeira quanto o intensivista estão ali o tempo todo prestando cuidado ao paciente. Além disso, todas as ligações realizadas na UTI são gravadas e todas as ações são anotadas. É mais seguro.
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