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Rotina de um médico hospitalista não segue roteiro único

Rotina de um médico hospitalista não segue roteiro único
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Rotina do médico hospitalista: atuar exclusivamente em plantão médico não faz parte do dia a dia dos hospitalistas em um hospital

 

Como é a rotina de um médico hospitalista? É diferente da estada de um clínico geral no pronto-socorro? Segundo Guilherme Brauner Barcellos, pioneiro no Brasil na promoção do médico hospitalista e, atualmente, coordenador do Programa de Medicina Interna Hospitalar do Hospital Divina Providência, a rotina de um hospitalista não segue obrigatoriamente um roteiro único. “A atuação pode ser dar de diversas maneiras, misturadas inclusive”, levando-se em conta o gerenciamento de pacientes eminentemente da especialidade do médico hospitalista e o comanejo com alguma outra especialidade – geralmente, são clínicos em colaboração com cirurgiões e subespecialidades diversas”, afirma Barcellos, que foi o primeiro médico que não trabalha nos EUA a titular-se Fellow da Society of Hospital Medicine, e o primeiro brasileiro Senior Fellow in Hospital Medicine.

“Importante lembrar que nos EUA, berço de toda esta discussão, o movimento representa, dentro de uma ampla revolução em modelo de assistência hospitalar, não apenas um posicionamento médico com maior dedicação ao hospital, mas também uma forte promoção de generalistas na função de hospitalista. Razão porque a maioria dos hospitalistas é clínico geral, seja de adultos, seja de crianças”, reforça Barcellos.

Segundo o médico, também estão aparecendo recentemente hospitalistas subespecialistas, principalmente em hospitais especializados em, por exemplo, oncologia ou cardiologia. Eles atuam em conjunto, ou não, com médicos generalistas. “Uma população cada vez mais velha e com múltiplas comorbidades é o principal argumento para generalistas garantirem uma visão completa do paciente e seus diversos problemas”, avalia.

Comanejo e atividades não clínicas

O médico hospitalista pode atuar em parceria com alguma outra especialidade, geralmente clínicos em colaboração com cirurgiões e subespecialidades diversas. “Comanejo pressupõe esse responsabilidade compartilhada pelo paciente”, diz Barcellos.

Além disso, hospitalistas podem atuar em diversas outras atividades complementares, como na organização ou apoio de times de resposta rápida, equipes de consultorias tradicionais, equipes de dor ou cuidados paliativos, times de procedimentos, entre outras.

Entre as atividades não clínicas, inclui-se a participação em comitês e comissões hospitalares e o desenvolvimento de projetos de melhoria da qualidade e segurança do paciente. “Considero mais fácil identificar o que não é rotina exclusiva dos hospitalistas: a atuação em plantão clínico, por mais bem gerenciado e avançado que seja. Para que tenham sido atingidos os excelentes impactos já publicados, como em indicadores como tempo de permanência e giro, é necessário que as decisões médicas no escopo da área de atuação do hospitalistas não permaneçam subordinadas a nenhum terceiro elemento, mais claramente: outro médico que siga fora do hospital”, finaliza Barcellos.

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