Médico lista afazeres: fatores comportamentais afetam cumprimento de protocolos (Bigstock)
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O pensamento que começou há pouco mais de uma década, quase marginal entre os profissionais de saúde, é hoje um dos grandes norteadores das práticas mais modernas de saúde. Evitar o excesso de exames, que leva a tratamentos desnecessários, e procedimentos que podem trazer mais riscos do que benefícios é a premissa que guia – ou, pelo menos, deveria guiar – o corpo clínico dos melhores hospitais. Mas qual é a melhor maneira de difundir essa nova maneira de oferecer cuidados de saúde?
A medicina baseada em evidências, outro campo jovem das ciências médicas e que começou a ganhar espaço a partir dos anos 1980, é um instrumento importante para colocar em vigor a racionalização da medicina. As evidências, analisadas e categorizadas de acordo com a qualidade dos estudos, dão base a diretrizes, que ajudam os profissionais a entender quando e como conduzir tratamentos. Elas, por sua vez, fundamentam protocolos, que normatizam a execução. Parece um caminho racional para resolver o problema do cuidado com pouco fundamento. Mas é preciso lembrar que há mais por trás de procedimentos desnecessários do que falta de conhecimento.
“Não adianta cercear a atividade dos profissionais de saúde com protocolos. É preciso entender as motivações que levam a exageros – medo de processo, modismo, pressão de pacientes – e tratar essas causas”, afirma o médico Lucas Zambon, diretor científico e fundado do IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente.
Incentivar o diálogo dos profissionais de saúde com pacientes é uma das melhores maneiras de chegar à raiz dos comportamentos que levam ao excesso de prescrição. No vídeo a seguir, Zambon fala sobre as perguntas que os pacientes devem fazer para os médicos e que os próprios profissionais devem se fazer antes de pegar o receituário.
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