Divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no final de janeiro, o Relatório de Autoavaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde de 2019 afirma que as unidades hospitalares brasileiras têm investido na criação de estruturas adequadas às boas práticas para segurança do paciente, porém ainda carecem de investimentos em melhorias nos processos.
O documento consolidou 1.255 formulários respondidos entre abril e agosto de 2019 pelos núcleos de segurança do paciente de 67% dos hospitais prioritários do país – ou seja, instituições que contam com UTI adulto, pediátrica ou neonatal. Como resultado, aponta que ainda é escasso o uso de estratégias de práticas seguras relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, consumo de preparação alcoólica para higiene das mãos, prevenção de quedas e de lesão por pressão.
Em seus anexos, o relatório segmenta os resultados por região e por unidade federativa. Destaca que todas as áreas geográficas analisadas seguem o padrão do restante do país, tendo bons resultados nos indicadores de estrutura e apresentando carências nas questões relativas aos processos.
Para finalizar, o relatório reforça ser indispensável incentivar a cultura de segurança nessas instituições para que líderes e gestores possam ampliar a discussão de estratégias de prevenção e eventos adversos relacionados à assistência.
Objetivo do relatório – Realizado desde 2016 pela Anvisa em parceria com as coordenações estaduais, distrital e municipais de segurança do paciente, o relatório monitora os resultados da aplicação, pelos serviços de saúde, das melhores práticas de segurança a fim de prevenir eventos adversos. Além disso, estimula as instituições a promover a cultura da segurança, caminho profícuo para melhoria geral do cenário.
A avaliação de indicadores de estrutura e processos feitas por meio de 21 perguntas segue o que está descrito na RDC Anvisa nº 36/2013, resolução responsável por instituir as ações de segurança do paciente nos serviços de saúde.
Serviços de saúde participantes – Dos respondentes, 76% eram unidades com até 199 leitos para internação, sendo que 50,2% apresentavam 20 ou mais leitos de UTI. O relatório também consolida uma lista nacional dos hospitais que apresentam alta adesão às práticas de segurança do paciente. Entram nessa categorização as unidades que obtiveram entre 67% e 100% nos indicadores de conformidade tanto de estrutura quanto de processos.
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