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Soluções de apoio à decisão clínica podem prevenir erros médicos

Soluções de apoio à decisão clínica podem prevenir erros médicos
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Peter Edesltein, Chief Medical Officer da Elsevier Clinical Solutions, a tomada de decisão na área da saúde deve estar baseada em evidências

Médico certificado pelo Colégio Americano de Cirurgiões e Sociedade Americana de Cólon e Cirurgia Retal e Chief Medical Officer da Elsevier Clinical Solutions, Peter Edesltein é palestrante do II Simpósio Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente. Neste simpósio, ele irá falar sobre o apoio à decisão clínica nas tomadas de decisão.

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“O engajamento da liderança executiva é fundamental para que um sistema de saúde melhore a segurança dos pacientes e a qualidade dos cuidados”, afirma Peter. Confira a seguir a entrevista do médico ao Portal IBSP.

IBSP: Segurança do Paciente - Soluções de apoio à decisão clínica podem prevenir erros médicosIBSP – A terceira causa principal de morte nos Estados Unidos está relacionada a erros evitáveis nos cuidados, sendo superada em número apenas por doenças cardiovasculares e câncer. Como o profissional de saúde pode ajudar esse cenário para que ele comece a mudar?
Peter Edesltein – A variabilidade nos cuidados prestados é uma das principais causas de erros médicos (eventos adversos) evitáveis. Profissionais de saúde devem prestar cuidados seguros e de alta qualidade, o que exige uma redução significativa na variabilidade.

Isso não significa que os profissionais de saúde não devam usar sua formação e experiência nas recomendações. No entanto, é importante que médicos, enfermeiros, profissionais de saúde no geral e até mesmo pacientes considerem a utilização de informações atuais, confiáveis, baseadas em evidências ao tomar decisões de saúde.

IBSP – Como as ferramentas de decisão podem ajudar a prevenir erros médicos?
Peter Edesltein – As soluções de Apoio à Decisão Clínica (CDS, sigla em inglês) fornecem informações atuais, confiáveis e baseadas em evidências diretas ao ponto de atendimento a médicos, enfermeiros, profissionais de saúde no geral e pacientes. Assim, as “melhores abordagens” podem ser consideradas em todos os momentos e em todas as configurações dos cuidados aos pacientes. As ferramentas CDS capacitam os profissionais de saúde a reduzir drasticamente os eventos adversos evitáveis, diminuindo a variabilidade perigosa presente nos cuidados de saúde de hoje.

IBSP – Soluções digitais têm um impacto positivo na qualidade dos cuidados?
Peter Edesltein – Soluções digitais reduzem parcialmente a variabilidade e, mesmo assim, melhoram a qualidade dos cuidados. Somente quando a informação atual, confiável, baseada em evidências e orientada é integrada às soluções digitais, podemos atingir melhorias significativas na qualidade dos cuidados. Por isso, soluções digitais devem ser concebidas e adquiridas para serem integradas umas com as outras e para fornecer aos profissionais de saúde e pacientes informações de cuidados críticos em qualquer ambiente e a qualquer momento.

IBSP – Como a capacitação dos pacientes pode contribuir para a segurança dos seus cuidados?
Peter Edesltein – Devemos mudar drasticamente nossa percepção de quem garante a saúde. Assim como nós, como indivíduos, somos responsáveis por nossos filhos, empregos e outros aspectos de nossas vidas, devemos ter sentimento de responsabilidade por nossa saúde. Empoderados com soluções de Apoio a Decisão Clínica projetadas para uso não-clínico, os pacientes podem contribuir grandemente para a sua própria segurança, participando de suas decisões de saúde.

IBSP – Quão importante é o envolvimento da liderança executiva, na segurança do paciente, para a melhoria da qualidade da saúde?
Peter Edesltein – O engajamento da liderança executiva é fundamental para que um sistema de saúde melhore a segurança dos pacientes e a qualidade dos cuidados. Este compromisso deve ser sincero, óbvio e contínuo. Felizmente, essas atividades e soluções que melhoram a segurança e a qualidade também reduzem o custo dos cuidados através de uma diminuição dos gastos desnecessários e desperdícios em atividades de saúde que oferecem pouco ou nenhum benefício aos pacientes.

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