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Terapias infusionais: segurança do paciente e controle de infecções

Terapias infusionais: segurança do paciente e controle de infecções
Terapias infusionais: segurança do paciente e controle de infecções
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Manual traz boas práticas para a prestação de um serviço de qualidade em instituições que ofertam terapias infusionais 

A nona edição do Guia de Padrões de Prática da Terapia Infusional, documento criado pela INS (Infusion Nurses Society) já abordado em outra matéria do portal que pode ser acessada aqui, traz dois capítulos exclusivamente para tratar de segurança do paciente e de prevenção e controle de infecções. 

Para garantir procedimentos seguros, o manual sugere a utilização de ferramentas padronizadas para identificar, documentar e rastrear eventos adversos – todas elas definidas nos protocolos institucionais de cada serviço de saúde – além de investir na educação e conscientização de pacientes, familiares e cuidadores sobre quais sinais e sintomas devem despertar preocupação.  

A notificação desses eventos para todos os envolvidos também entra como estratégia para mitigação de riscos por possibilitar uma avaliação dos erros mais comuns e, assim, a elaboração de ações de melhoria. 

No caso de eventos adversos graves, os especialistas sugerem que haja um processo imediato de investigação e análise onde os responsáveis possam descrever o evento para entender suas causas, implementar estratégias de melhoria e evitar recorrências. 

Além, claro, de trabalhar sobre fatos ocorridos, é preciso investir na prevenção desses eventos adversos através do desenvolvimento da cultura de segurança, da aprendizagem contínua, da correção de processos e sistemas que possam apresentar falhas, da avaliação de potenciais comportamentos de risco das equipes, da otimização do trabalho em equipe, da simplificação de processos, da criação de uma metodologia prática para disseminação das iniciativas de segurança, da inclusão de temas voltados à segurança do paciente nas rondas, da divulgação responsável dos erros sem culpabilização dos profissionais e da inclusão do paciente, familiares e cuidadores na jornada e na tomada de decisões. 

Sobre gestão de produtos, cita a necessidade de avaliação (inclusive com participação dos usuários) e inspeção de dispositivos médicos para que itens vencidos ou com problemas sejam retirados do uso. Além disso, sugere a criação de um grupo profissional que analisará a necessidade de substituição ou adoção de novas tecnologias.  

O documento traz outras diversas recomendações que contribuem com a garantia da segurança do paciente. Trata, por exemplo, de medicações controladas, enfatizando a importância da definição de políticas específicas para esses medicamentos e do treinamento dos profissionais envolvidos; do estabelecimento de práticas para manuseio seguro de medicamentos e resíduos perigosos e potencialmente infectantes; e sobre ser importante identificar tanto prestadores de serviço com possíveis alergias ao látex quanto pacientes com risco aumentado de apresentar sensibilidade ou alergia ao material. 

Prevenção e controle de infecções durante Terapiais Infusionais 

Outro capítulo do guia enfatiza ações voltadas à prevenção e controle de infecções durante terapias infusionais. O primeiro ponto abordado diz respeito à higienização das mãos, que deve ser realizada rotineiramente durante todas as atividades envolvendo atendimento ao paciente. Há, inclusive, um alinhamento com o conceito dos “Cinco momentos para higiene das mãos” que, difundido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), propõe que todos os profissionais acatem a ideia de higienizar as mãos antes de tocar o paciente, antes de realizar um procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos corporais, após tocar um paciente e após tocar superfícies próximas ao paciente. 

Quanto ao produto para essa higienização, o manual sugere a utilização de produtos à base de álcool contendo pelo menos 60% de etanol ou álcool isopropílico 70%, porém, se as mãos estiverem sujas, o indicado é utilizar água e sabão. 

Entre outras precauções padronizadas listadas pelo documento estão a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual), que deve estar disponível e acessível; a troca desses EPIs sempre que necessário seguindo o procedimento correto para remoção dos itens; limpeza frequente das superfícies próximas ao paciente; e estratégias de precaução específicas dentro do ambiente hospitalar como precauções de contato e contra gotículas. 

Por fim, a publicação traz um quadro especificamente para tratar da utilização da Aseptic No Touch Techique (ANTT) como ferramenta para redução de infecções. Projetada para todos os procedimentos clínicos invasivos, incluindo a inserção de dispositivos de acesso vascular e administração de infusões, a técnica tem sido utilizada mundialmente para redução dos riscos nos serviços de saúde. 

Referência 

(1) Infusion Therapy Standards of Practice, 9th Edition 

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