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Times de Resposta Rápida são eficazes para reduzir parada cardiorrespiratória e mortalidade no ambiente hospitalar

Times de Resposta Rápida são eficazes para reduzir parada cardiorrespiratória e mortalidade no ambiente hospitalar
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Em 1990, a Austrália lançou o conceito do Time de Resposta Rápida (TRR) como medida para evitar que pacientes sofrendo deterioração do estado clínico chegassem a uma condição de parada cardiorrespiratória (PCR). Uma revisão sistemática que envolveu 29 estudos adultos e pediátricos avaliou a eficácia dessa estratégia.

A revisão avaliou, como desfecho primário, a mortalidade hospitalar. Como desfechos secundários foram avaliadas as internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e PCRs fora de UTIs. Ao todo, os estudos considerados envolviam cerca de 2,1 milhões de pacientes, metade do grupo de intervenção e a outra metade do grupo de controle.

Ainda que seja necessário considerar a heterogeneidade dos estudos, os resultados quanto aos desfechos avaliados sobre os Times de Resposta Rápida mostram que:

  • A mortalidade hospitalar entre adultos é 13% menor com a intervenção (Risco Relativo 0,87; IC95% 0,81-0,95; p<0,001);
  • A mortalidade hospitalar entre pacientes pediátricos é 18% menor (Risco Relativo 0,82; IC95% 0,76-0,89);
  • Ocorre redução em PCRs (cerca de 35%) tanto na população adulta quanto na pediátrica;
  • Não se observa redução significativa no número de internações na UTI entre pacientes adultos (não havia estudos avaliando as internações na pediatria)

Dessa forma, a revisão sugere que os TRR são eficazes para reduzir a mortalidade e as ocorrências de paradas cardiorrespiratórias nos hospitais.

Além disso, é preciso enfatizar que a composição dos TRR varia entre os países e as organizações. Em alguns locais, esse time é liderado por enfermeiros, em outros por fisioterapeutas respiratórios ou médicos. Isso impossibilita definir qual a composição ideal de um Time de Resposta Rápida, porém a revisão aponta que a grande maioria das intervenções do TRR não requeria a presença de um médico. Essa questão da composição da equipe deve ser vista com cautela, conforme aponta Lucas Zambon, diretor científico do IBSP. “A formação profissional e a estrutura organizacional difere muito entre diferentes países, e não é possível simplesmente aplicar este achado do estudo sem uma séria análise de estrutura e conjuntura”, afirma.

Referências:

 

(1) Rapid response systems: a systematic review and meta-analysis

 

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