Acidentes com Material Biológico
Cuidar de pacientes é o principal objetivo dos profissionais da área médica. Mas vigiar a própria saúde também pode e deve estar entre as prioridades. O descarte adequado de materiais hospitalares é um desses procedimentos básicos na rotina do ambiente hospitalar e impacta diretamente no bem-estar dos profissionais.
“A gente está sempre discutindo a proteção do paciente, mas também a do funcionário. Do ponto de vista do paciente o risco é bem pequeno, pois ele é um objeto do procedimento em si. O acidente acaba envolvendo quase cem por cento das vezes o profissional de saúde”, afirma o infectologista Dr. Reinaldo Salomão, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para isso, o primeiro passo é identificar em qual etapa do processo o evento adverso ocorreu. De maneira geral, após o procedimento, um dos maiores riscos está no descarte de material. “Se o descarte não foi adequado, pode acontecer [o acidente] até bem depois do atendimento, com pessoas que não estão evolvidas diretamente no processo, como os profissionais da limpeza”, afirma.
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Existem indicações preciosas que minimizam muito os riscos, como não encapar a agulha de volta após utilizá-la. “A indicação é que o material perfuro-cortante seja descartado sem maiores manipulações, em recipientes rígidos, que esses recipientes sejam identificados e que seja respeitada a capacidade máxima deles”, explica o médico.
Confira três dicas para descarte adequado de material hospitalar:
- Evite a manipulação pós-procedimento. A maioria dos acidentes com profissionais ocorre depois do atendimento e não durante o contato com o paciente;
- Identificação adequada. Informar de maneira clara aos demais profissionais que determinado recipiente contém material perfuro-cortante evita que colegas sofram acidentes;
- Não ultrapassar o limite do recipiente. Quebrar essa regra dignifica colocar em risco o colega que vai descartar outro material no mesmo local e também a pessoa que recolhe os descartes no ambiente hospitalar.
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