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Segurança medicamentosa – ISMP atualiza lista com melhores práticas

Segurança medicamentosa – ISMP atualiza lista com melhores práticas
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Prevenir erros de medicação segue como um dos grandes desafios de todos os sistemas de saúde ao redor do globo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um estudo do Reino Unido diz que 12% dos pacientes da atenção primária podem sofrer com um erro de medicamento ao longo de um ano. Esse percentual sobe para 30% caso o paciente faça uso de cinco drogas ou mais e para 38% se ele tiver mais de 75 anos (1).

Levando em conta que o cenário de erros de medicação é ainda mais crítico em hospitais, dada a complexidade do cuidado e criticidade dos pacientes, o Institute for Safe Medication Practices lançou o programa ISMP Targeted Medication Safety Best Practices for Hospitals (2) com o foco em contribuir com a identificação dos erros e mobilizar profissionais e instituições de saúde a adotar melhores práticas capazes de evitar erros prejudiciais e até mesmo fatais.

Confira algumas das recomendações baseadas em evidências obtidas através das notificações recebidas pelo sistema de saúde norte-americano. Na sequência, acesse AQUI o documento na íntegra para mais detalhes.

1 – Administrar o antineoplásico vincristina e outros alcalóides da vinca em bolsa para infusão e não por meio de seringa.

2 – Estabelecer esquemas posológicos com frequência semanal para o metotrexato oral; adotar rotina de revisão para todas as prescrições do medicamento; e educar pacientes e familiares sobre a posologia e administração.

3 – Sempre pesar o paciente imediatamente após a admissão e ao longo da assistência, evitando usar um peso autodeclarado pelo paciente, estimado ou anotado em seu histórico médico; e tomar cuidado para pesar e anotar usando sempre corretamente a unidade de medida.

4 – Separar e diferenciar todos os agentes de bloqueio neuromuscular dos outros medicamentos independentemente de onde estejam armazenados.

5 – Administrar infusão medicamentosa por meio de bomba de infusão programável a fim de reduzir erros de dose; manter a taxa de adesão a esse procedimento superior a 95%; monitorar a conformidade mensalmente; e em caso da administração de um bolus intravenoso, usar uma bomba inteligente que permita a programação do bolus e a taxa de infusão contínua com limites separados para cada medicação.

6 – Garantir a disponibilidade de antídotos em locais de fácil acesso; investir em protocolos padronizados para administração de emergência desses antídotos; e manter as instruções de uso visíveis em todas as áreas clínicas.

7 – No preparo de soluções estéreis, realizar uma verificação independente – incluindo a confirmação do volume – para garantir a utilização de medicamentos e diluentes adequados.

8 – Eliminar a prometazina do uso hospitalar.

9 – Utilizar dados e relatos de erros medicamentosos ocorridos em outras instituições de saúde como forma de aprendizado a fim de evitar falhas semelhantes.

10 – Verificar e documentar o status de opioides de um paciente (sem uso prévio de opioides versus tolerante) e o tipo de dor (aguda versus crônica) antes de prescrever e administrar opioides de liberação ou ação prolongada.

11 – Prevenir erros na administração de ocitocina exigindo o uso de prescrições padronizadas para indução do parto e controle do sangramento pós-parto; padronizar a concentração e o tamanho da bolsa de infusão; padronizar a forma de apresentação das doses e concentração da ocitocina; priorizar ocitocina no formato pronto para uso; evitar levar bolsas de infusão de ocitocina à beira leito até que o medicamento seja de fato prescrito.

12 – Ampliar o uso da verificação medicamentosa por código de barra antes da administração para além das áreas de internação.

13 – Adotar estratégias diversificadas em todos os processos de administração medicamentosa.

Referências:

(1) WHO – Medication Errors

(2) ISMP Targeted Medication Safety Best Practices for Hospitals

 

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