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Um painel de especialistas americanos lançou um modelo para garantir a continuidade e o uso seguro de anticoagulante na transição do cuidado. Quinze integrantes do The New York State Anticoagulation Coalition trabalharam nos critérios mínimos de informação que deveriam ser reportados entre as equipes – considerando a transição a partir de unidades de cuidados mais intensivos para menos. O resultado foi publicado no The Joint Commission Journal on Quality and Patient Safety (1). Confira o modelo.
Terapia anticogulante: informações essenciais na transição do cuidado
- Qual anticoagulante em uso?
Informar todos os anticoagulantes prescritos atualmente, bem como os administrados recentemente e que ainda podem estar ativos no corpo do paciente (a varfarina, por exemplo, mesmo que descontinuada no dia anterior, ainda pode causar efeitos no organismo)
- Razão da indicação da terapia?
Fornecer listagem completa de todas indicações para cada medicação anticoagulante, de uso agudo ou crônico
- Há quanto tempo faz uso/data de início da terapia?
Se o paciente começou a usar recentemente anticoagulantes, há implicações sobre riscos, gerenciamento da medicação e duração. Por isso, se a terapia está em vigor há menos de 35 dias, essa informação deve ser apresentada de forma explícita. Pacientes que já faziam uso de anticoagulantes (por causa de fibrilação atrial, por exemplo) e desenvolveram um novo problema que exige anticoagulação mais intensa (embolia pulmonar) devem ser considerados novos usuários, e os detalhes dessa indicação aguda e a data da modificação da terapia devem ser comunicados.
- Tratamento agudo (curto prazo) ou crônico (longo prazo)?
Incluir documentação clara e abundante sobre intenção de continuidade, redução de intensidade ou descontinuação para cada indicação
- Se indicação aguda, qual duração pretendida?
Indicar explicitamente a data de descontinuação ou de redução da intensidade (DD/MM/AA) ou fornecer informações que permitam calculá-la (por exemplo: tratar por XX dias e fornecer a data do início da terapia)
- Data, hora, rota, dosagem das últimas duas doses administradas
Todos os elementos (incluindo intensidade, dosagem e forma, assim como data e horário) devem ser comunicados textualmente
- Data, hora e magnitude da próxima dose
Destacar quando será a próxima dose e por qual via a administração deve ser feita
- Avaliação da função renal (nos últimos 30 dias, com data e resultados)
A avaliação deve explicitar o método usado, a data e o resultado numérico. Na ausência de uma avaliação, deve-se informar pelo menos os dados que permitam calcular uma estimativa da função renal (como idade, sexo, peso e níveis séricos de creatinina), com as datas em que esses dados foram aferidos
- Que tipo de informação sobre terapia anticoagulante o paciente/cuidador recebeu? Qual é o nível de compreensão?
Educar o paciente é essencial para aumentar a segurança do uso de anticoagulantes. Esclarecer que tipo de informação o paciente recebeu e o nível de compreensão dele ajuda a verificar se será necessário atualizá-las ou reforçá-las
- Se prescrito varfarina:
– indicar RNI alvo ou faixa
– 2 ou 3 resultados laboratoriais consecutivos de RNI (com datas e resultados)
– data em que deve ser feito o próximo RNI
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Referências
- (1) Triller, D., Myrka, A., Gassler, J., Rudd, K., Meek, P., Kouides, P., … Ansell, J. (2018). Defining Minimum Necessary Anticoagulation-Related Communication at Discharge: Consensus of the Care Transitions Task Force of the New York State Anticoagulation Coalition. The Joint Commission Journal on Quality and Patient Safety. doi:10.1016/j.jcjq.2018.04.015
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