Uma em cada 10 mortes por doença no mundo é causada pelo fumo, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
Todo ano, mais de 150 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência do consumo do cigarro. No mundo, esse número chega a 6 milhões. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta.
Causado pela dependência à nicotina, o tabagismo está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Somente no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano.
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Além dos dados alarmantes sobre as incidências de cânceres em fumantes, o consumo do cigarro é, também, um dos principais fatores de risco para doenças crônicas. “O tabagismo é causador de enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças cardiovasculares, por exemplo. Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo consumo do cigarro”, afirma o pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Elie Fiss. A OMS, estima que em 2030 o número de mortes decorrentes do tabagismo chegue a 8 milhões.
Prejuízo aos cofres públicos
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde (MS) apurou, pela primeira vez, o custo do tabaco para o Brasil. O consumo de cigarros e outros derivados do tabaco causou um prejuízo de R$56,9 bilhões ao país: R$39,4 bilhões em custos médicos diretos e R$17,5 bilhões em custos indiretos, decorrentes da perda de produtividade devido à morte prematura e incapacitação de trabalhadores.
“Podemos entender melhor o custo que se tem, quando contabilizamos o que é gasto em saúde pública com o tratamento de doenças causadas pelo tabagismo. Com a redução do consumo, menor o gasto com o tratamento. É uma reação em cadeia”, comenta o Dr. Elie Fiss. O estudo apurou ainda que a arrecadação total de impostos pela União e estados com a venda de cigarros no país em 2015 foi de R$12,9 bilhões. Ou seja, o saldo negativo do tabagismo para o país foi de R$44 bilhões.
Tratamento individualizado
A melhor opção para sugerir aos pacientes é um tratamento individualizado, que leve em conta todas as esferas de cada pessoa, ou seja, um plano individualizado e multidisciplinar para quem quer parar de fumar, englobando psiquiatras, pneumologistas e terapeutas. “É preciso não ter medo de parar. É uma mudança de hábito, rotina. Mas o caminho não é tão tortuoso como se teme”, afirma Fiss.
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