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Como lidar com urgências e emergências em pacientes idosos

Como lidar com urgências e emergências em pacientes idosos
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Urgências e emergências são comuns em pacientes idosos. Mas quais são as mais comuns e como o cuidador deve lidar com elas?

Situações de urgência e emergência em geral são graves e acontecem de forma inesperada. Elas requerem ação imediata com a finalidade de resguardar a vida. “Os idosos, nesse sentido, necessitam de maior atenção por aqueles que os cuidam, em função de vivenciarem situações de fragilidade e debilidade que podem apresentar piora súbita ou até mesmo gerar acidentes. Assim, as urgências e emergências requerem ações imediatas, na tentativa de minimizar ao máximo as complicações e riscos para o idoso”, comenta Grasiela Piuvezam, cirurgiã dentista e coordenadora do PPG QualiSaúde UFRN/UMU/INSP, do Departamento de Saúde Coletiva – DSC da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, que organizou o “Guia prático de cuidado à saúde da pessoa idosa”, em parceria com a pesquisadora da área do Envelhecimento Humano, a enfermeira Dra. Vilani Medeiros de Araújo Nunes.

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A especialista em idosos alerta para o delirium, que é uma condição de emergência médica porque denota uma maior vulnerabilidade da pessoa idosa associada a um comprometimento agudo do seu estado de saúde que pode ser grave. “O primeiro passo do cuidador é encaminhar o idoso para avaliação médica com o objetivo de confirmação diagnóstica”, diz Grasiela.

Confira os problemas clínicos de urgência e emergência mais comuns nessa fase da vida.

Trauma – acidentes de trânsito, queimaduras, quedas.
“No caso das quedas com os idosos, os cuidadores devem observar se houve alguma deformidade, dor intensa ou incapacidade de movimentação, o que pode sugerir fratura. No caso de suspeita de fratura o cuidador deve evitar movimentar a pessoa e chamar o serviço de emergência o mais rápido possível”, diz Grasiela.

Doenças cardiovasculares – síndromes coronarianas, insuficiência cardíaca congestiva descompensada, arritmias, síncope.
“No caso do infarto agudo do miocárdio (IAM), o cuidador deve prestar atenção aos “pequenos” sinais que os idosos possam demonstrar como dor torácica (“dor no peito”), dispneia (“cansaço”) e confusão mental, além de outros sintomas como sudorese, fraqueza, enjoos e vômitos. No caso de suspeita de IAM, deve-se chamar o serviço de emergência o mais rápido possível”, comenta a especialista em idosos.

Doenças neurológicas – ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral (AVC), convulsões, delirium e abdome agudo.
A hipertensão arterial é uma doença muito frequente e as pessoas idosas são mais sensíveis a essa elevação da pressão e podem apresentar sequelas piores, como o AVC – Acidente Vascular Cerebral. O cuidador para identificar essa situação deve realizar a aferição da pressão arterial. E ao constatar uma elevação importante da pressão arterial deve chamar o serviço de emergência o mais rápido possível.

Infecções – pneumonia e infecções urinárias.
“No caso das pneumonias, que são uma das principais causas de internações hospitalares, o cuidador deve observar e monitorar a tosse, a existência de expectoração amarelada, febre, dor no peito e falta de ar. Caso haja suspeita deve encaminhar o idoso para uma avaliação médica”, diz Grasiela.

Como o cuidador pode se deparar com a perda do paciente?
As situações de urgência e emergência podem, em muitas vezes, levar o paciente a óbito. Essa é uma situação bem delicada na relação entre cuidador e o idoso, considerando o fato de que o cuidado prestado ao idoso, muitas vezes, tem longa duração. “Há a necessidade de ter atenção com esses cuidadores. Nesse sentido, acredito que um apoio psicológico e rodas de conversa com outros cuidadores e com a gestão das ILPI podem amenizar a situação e fortalecer o grupo de cuidadores. Assim, cuidar de quem cuida gerará um cuidado ao idoso mais seguro e de qualidade”, finaliza Grasiela.

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