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Conheça ações para aumentar o envolvimento do paciente na assistência

Conheça ações para aumentar o envolvimento do paciente na assistência
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Envolvimento do Paciente em Foco

Um dos pontos que vêm se destacando na discussão de qualidade na assistência hospitalar é o envolvimento do paciente. Esse eixo temático vem cada vez mais sendo debatido em publicações e fóruns, como foi, por exemplo, no Seminário Internacional promovido pela ONA em 2015, que teve como um de seus temas o cuidado centrado no paciente.

Essa discussão está dentro de um contexto bem mais amplo, no qual se discute a mudança do modelo de pagamento para um sistema que privilegie o resultado (saindo do “fee-for-service” para o “pay-for-performance”ou ainda o “pay-for-value”), e também se debate a inclusão da perspectiva do profissional da assistência, com enfoque em melhorar condições de trabalho e a experiência do profissional da área da saúde. Esta é a motivação para a mudança do famoso “Triple Aim” do Institute for Healthcare Improvement para o “Quadruple Aim”. Lembrando que no Triple Aim uma das dimensões é exatamente melhorar a experiência do indivíduo em relação à assistência, e envolver o paciente é uma das maneiras de se atingir isso.

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Iniciativa nos EUA

Uma iniciativa muito interessante para melhorar o envolvimento do paciente na assistência foi recentemente liderada por uma fundação privada nos EUA: a Gordon and Betty Moore Foundation. Essa instituição foi criada por um dos fundadores da Intel (Gordon) junto com sua esposa para ajudar a promover mudanças positivas nas áreas da saúde, ciência e meio ambiente.

O que essa instituição propõe que seja feito em termos de envolvimento de pacientes, bem como de familiares, através de oito ações:

  1. Educar os pacientes e familiares, adaptando abordagens de comunicação, e apoiando as necessidades dos pacientes. Por exemplo, traduzir informações médicas em linguagem simples para o paciente e sua família.
  2. Educar médicos e líderes para serem parceiros eficazes de pacientes e famílias. Proporcionar oportunidades de aprendizado, observação e prática para médicos quanto a questões de envolvimento do paciente.
  3. Redesenhar processos assistenciais, políticas e estruturas para proporcionar oportunidades de parcerias entre pacientes, familiares e equipe de saúde. Criar planejamentos de saúde individuais que reflitam as metas de saúde do paciente, usando dados para identificar os pacientes que têm uma maior necessidade de apoio. Fornecer treinamento para ajudar os pacientes a atingir essas metas.
  4. Criar novas parcerias dentro da organização para que os pacientes e as famílias tornem-se parte da estrutura de governança. Criar relatórios e promover o contato direto entre os conselheiros de pacientes e a liderança do hospital, e dedicar pessoal para supervisionar esse trabalho.
  5. Desenvolver medidas e realizar pesquisas para melhorar o atendimento, facilitar mudanças nos processos e avaliar as relações entre os resultados, experiências e engajamento de pacientes. Desenvolver medidas centradas no paciente tanto relacionadas a custos quanto a resultados, e explorar métodos que coletem dados personalizados em matéria de experiência do paciente. Por exemplo, usar um vídeo para capturar as interações e observações.
  6. Disponibilizar dados e informações transparentes para promover a responsabilidade organizacional quanto à qualidade e segurança, permitindo que os pacientes e as famílias sejam ativos em seu cuidado. Use portais que permitam que os pacientes acessem seus registros de saúde eletrônicos em qualquer lugar, juntamente com ferramentas interativas que lhes permitam fazer correções. Certifique-se de que eles podem incluir a informação que é importante para eles, tais como metas de atendimento.
  7. Endossar legislações e regulamentações que incentivem o envolvimento do paciente e da família. Alinhar incentivos e penalidades para apoiar o envolvimento do paciente e exigir competências dentro da instituição que demonstrem envolvimento de pacientes e da família, com o objetivo de alcançar certificações ou acreditações.
  8. Se tornar parceiros em políticas públicas, identificando oportunidades para integrar as perspectivas do paciente e da família. Por exemplo, criar um conselho de cidadãos para discutir coberturas de convênios, facilitando  a comunicação sobre as necessidades levantadas pelos usuários.

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