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COVID-19 – Estudo sugere que assintomáticos e pré-sintomáticos são responsáveis por cerca de metade das transmissões

COVID-19 – Estudo sugere que assintomáticos e pré-sintomáticos são responsáveis por cerca de metade das transmissões
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IBSP: Segurança do Paciente - COVID-19 – Estudo sugere que assintomáticos e pré-sintomáticos são responsáveis por cerca de metade das transmissõesParalelamente ao início da vacinação mundial, a pandemia do novo coronavírus enfrenta novos picos em diversos países, incluindo o Brasil. Com a alta de casos e de óbitos em decorrência da COVID-19, pesquisadores seguem estudando o comportamento do patógeno no corpo humano e seus índices de transmissão. Estudo (1) realizado nos Estados Unidos sugere que a estratégia de isolar unicamente os pacientes com sintomas não é suficiente para controlar a disseminação, visto que cerca de 50% das pessoas estão sendo infectadas por assintomáticos e pré-sintomáticos.

A fim de compreender como a transmissão ocorria em pacientes assintomáticos, pré-sintomáticos e sintomáticos, o estudo trouxe dados relevantes para a elaboração de estratégias de contenção.

Mesmo sem haver um indicador capaz de apontar, com certeza, quantos dos infectados são assintomáticos – visto que essa informação é difícil de quantificar pois exigiria uma amostragem clínica prospectiva intensiva com rastreamento de sintomas em uma amostra representativa de pessoas com ou sem infecção – o estudo supõe que 30% dos infectados não desenvolvem qualquer sintoma capaz de indicar a infecção. Desses 30%, 75% são capazes de transmitir a COVID-19 no mesmo grau de intensidade do que aqueles com sintomas claros. Essa análise foi obtida após a compreensão de que enquanto uma segunda geração de indivíduos estava desenvolvendo sintomas, a terceira geração já estava sendo infectada.

Dessa forma, 59% dos casos foram transmitidos por pacientes sem qualquer sintoma, sendo 35% por pré-sintomáticos e 24% por indivíduos que em nenhum momento da infecção apresentaram alguma manifestação típica da doença. Considerando que os componentes podem ser incertos e que a avaliação em uma variedade de cenários plausíveis e em diferentes picos de infecciosidade pode aumentar ou diminuir essa taxa, o estudo define que pelo menos 50% da transmissão ocorreu por pessoas sem sintomas.

São feitas, também, algumas observações interessantes. A primeira delas é a de que o SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, tem um comportamento diferente do coronavírus que causou o surto de 2003, visto que naquela ocasião não foram identificados casos leves tampouco transmissão por pessoas sem qualquer sintoma. Além disso, sugere que 98% da transmissão acontece em um período de 10 dias contado do primeiro dia de manifestação sintomática.

Como conclusão, o artigo norte-americano reforça que para um controle eficaz, não basta identificar, diagnosticar e isolar pessoas com sintomas. As medidas de prevenção envolvendo uso de máscaras, higiene reforçada das mãos, distanciamento social e testagem da população de forma ativa são indispensáveis para reduzir a transmissão até que as vacinas que estão sendo aplicadas realmente criem uma imunidade coletiva.

Referências:

(1) SARS-CoV-2 Transmission From People Without COVID-19 Symptoms

 

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