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Diagnóstico de hipertensão depende mais do paciente do que do médico

Diagnóstico de hipertensão depende mais do paciente do que do médico
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Silenciosa, doença precisa de aferições periódicas para ser detectada. Para efeito de diagnóstico seguro, valores a partir de 120x80mmHg  já são considerados pré-hipertensão

 

Cerca de 30% da população adulta sofre de um mal que, muitas vezes, fica sem diagnóstico: a hipertensão. Níveis de tensão elevados muitas vezes não causam nenhum tipo de sintomas e podem passar despercebidos se o indivíduo não tiver a iniciativa de aferir a pressão periodicamente e procurar um médico caso faça parte do grupo de risco.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa na maior parte dos pacientes. “Portanto, o diagnóstico precoce consiste na medição periódica da pressão arterial”, alerta Dr. José Kawazoe Lazzoli, cardiologista e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). “É óbvio que só temos a oportunidade de fazer o diagnóstico dos hipertensos que tomam a iniciativa em procurar um médico. Por isso, as campanhas educativas são tão importantes”, completa.

Diagnóstico seguro: a pré-hipertensão
Médicos e pacientes precisam ficar atentos às medidas que indicam predisposição a hipertensão e que já vale como alerta em alguns casos. “O risco cardiovascular aumenta progressivamente a partir de pressões arteriais tão baixas quanto 110×70 ou 120x80mmHg. No entanto, o critério para hipertensão arterial continua sendo a partir de 140x90mmHg. Os últimos documentos institucionais têm se referido à faixa entre 120x80mmHg e 140x90mmHg como pré-hipertensão, faixa na qual se recomenda a adoção de medidas como restrição de sal, redução de peso e a prática de exercícios”, relata o médico.

Com isso, indivíduos dentro dos grupos de risco devem ser orientados a mudar os hábitos o quanto antes. “Os principais fatores de risco para hipertensão incluem o excesso de peso, o sedentarismo, o excesso de sal na alimentação, a história familiar de hipertensão e o estresse. Aproximadamente 25 a 30% da população adulta tem níveis tensionais elevados e muitos desconhecem – e, por consequência, não estão em tratamento – justamente pela natureza silenciosa da doença”, explica.

Manutenção da doença
Uma vez diagnosticada, a hipertensão pode ser controlada, mas os níveis tensionais devem ser adaptados de acordo com outras doenças crônicas, como o diabetes. “Define-se uma determinada meta de manutenção dos níveis tensionais, de acordo com o perfil do paciente. Diabéticos, por exemplo, devem ser mantidos com uma pressão ligeiramente mais baixa do que os pacientes sem outras co-morbidades”, afirma Kawazoe.

O profissional explica ainda que, apesar de não ter sido lançada nenhuma grande novidade em medicamentos para hipertensão nos últimos dois anos, os tratamentos disponíveis oferecem um bom controle da doença. “Para os já hipertensos, hoje em dia temos muitas classes terapêuticas que são capazes de controlar a pressão arterial de forma efetiva, cômoda (muitas vezes, uma tomada única diária) e com baixíssima incidência de efeitos colaterais. Alguns lançamentos estejam sendo aguardados ansiosamente, mas ainda estão em fase de testes clínicos”, completa.

 

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