ESPECIAL IBSP
CHECK-UP
Grande parte de médicos e pacientes acredita que fazer o chamado “check-up”, ou exames de rastreamento, regularmente é o suficiente para diagnosticar problemas precocemente e, dessa forma, planejar tratamentos e melhorar a qualidade de vida. Mas o caminho não é tão simples quanto parece. O Dr. Rodrigo Olmos, Diretor Clínico do Hospital Universitário da USP, acredita que outras atitudes, além da união entre profissionais e poder público, sejam mais eficazes do que a banalização de tais exames.
Confira, a seguir, quais são os três pilares que têm impacto efetivo na expectativa de vida de uma população, e que podem ser consideradas medidas eficazes para a qualidade na assistência:
Poder público
É preciso haver um sistema público com objetivo de promover cuidados de qualidade de vida. Esse sistema não pode visar lucro e deve superar o conflito de interesses com o complexo médico-industrial.
Foco no paciente
Elaborar diretrizes para promover a qualidade de vida e prevenção de doenças. Para que isso seja eficaz, é necessária uma equipe com profissionais como médicos generalistas e especialistas, estatísticos, epidemiologistas, especialistas em saúde pública, outros profissionais de saúde envolvidos e representantes de usuários, todos sem conflitos de interesse com a indústria farmacêutica e a indústria de equipamentos e não ligados exclusivamente a sociedades de especialistas.
Qualificação do corpo médico
A terceira é centralizar o cuidado na atenção primária. Isso significa investir em médicos qualificados, com boa formação, para serem os chamados “médicos da família”. Dessa forma, evita-se centralizar o cuidado em especialistas, como ocorre hoje no Brasil, que acaba resultando em um sistema de saúde caro, pouco efetivo, desigual e iatrogênico.
Saiba mais:
- O que é Segurança do Paciente? (vídeo exclusivo do IBSP)
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