Saiba quais procedimentos evitariam problema enfrentado pela personagem na ficção
Evento adverso na ficção pode ocorrer de verdade
Na última semana de fevereiro, a TV Globo mostrou em sua novela das sete, Totalmente Demais, uma de suas personagens sendo vítima de erro de assistência ao tentar realizar uma cirurgia plástica para colocação de próteses de silicone. Dorinha, interpretada por Samantha Schmütz, acabou em coma por causa de um processo alérgico da anestesia e expos para os telespectadores um exemplo de evento adverso evitável.
“A anestesia tem peculiaridades que são específicas para cada paciente. Várias técnicas podem ser utilizadas, e só uma avaliação clínica detalhada garante que seja usada a melhor delas”, explica o cirurgião plástico Dr. Vitorio Maddarena Junior, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgery.
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A reação alérgica da anestesia em si não é comum, já que a Sociedade Brasileira de Anestesiologia estima a ocorrência de um caso a cada 10 mil procedimentos. Dessas, uma quantidade ainda menor chega a evoluir para o coma do paciente.
Essa raridade se dá por conta da alta possibilidade de se evitar um evento adverso como esse durante o processo. “Quando um procedimento anestésico cirúrgico é necessário, o paciente deve ser acompanhado todo o tempo por um médico anestesiologista. Ele é responsável por controlar funções vitais e detectar logo no início se alguma reação alérgica ocorrer”, completa o profissional.
Isso indica que uma série de ações precisam ser tomadas para que se minimize a chance de uma complicação na anestesia que possa levar ao coma. Por mais que exista um rara chance de reações alérgicas inesperadas no paciente, não pode haver descuido do profissional em alguns pontos. O primeiro é realizar uma adequada avaliação pré-anestésica com o histórico do paciente e de familiares (com enfoque em alergias e reações a medicamentos). Também é necessário utilizar a monitorização eficazmente, para identificar variações precoces nos sinais vitais do paciente que sugiram que algo está errado com o paciente, para que assim possam ser tomadas medidas de reversão de forma precoce. Ou seja, eventos adversos por conta do processo anestésico tem boas chances de serem evitados, ou ao menos, mitigados.
Confira algumas medidas que podem evitar complicações após aplicação de anestesia:
– Acompanhamento do procedimento:
O médico anestesiologista tem importância vital durante toda a cirurgia e não apenas na hora de aplicar os agentes anestésicos. Por isso, ele deve acompanhar o procedimento do começo ao fim ao lado do paciente.
– Monitoramento:
A principal responsabilidade deste especialista durante o processo é monitorar sinais vitais como como a saturação de oxigênio na corrente sanguínea, a temperatura, a pressão arterial e a frequência cardíaca, além de evitar que o paciente sinta dor ou retome a consciência.
– Identificação de reação:
O corpo do paciente costuma dar indício de reações alérgicas, o que pode ser identificado a tempo de evitar uma complicação maior. Por isso, cabe ao médico anestesiologista identificar reações na pele ou nos sinais vitais para agir a tempo.
– Intervenção:
Em caso de algum tipo de reação, esse profissional deve intervir com medicação para reverter o quadro e evitar o agravamento do quadro.
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