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Há algumas semanas a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um novo relatório intitulado “Estatísticas Mundiais de Saúde” (1) com dados extremamente relevantes sobre 2020, primeiro ano fortemente afetado pela pandemia de covid-19. Com essas informações, é possível quantificar o impacto da crise nos sistemas globais de saúde e o quanto esse momento atrasou o progresso do setor.
Filtramos alguns dos dados que julgamos mais relevantes:
- Em 20 de abril de 2022 tinham sido notificados 504,4 milhões de casos de covid-19 no mundo e 6,2 milhões de mortes. Porém, como em muitos locais há falhas consideráveis na notificação, a OMS considera que o novo coronavírus pode ter matado cerca de 14,9 milhões de pessoas até o momento.
- Com o empenho para produção de vacinas, no início de 2022 já havia imunizantes suficientes para proteger todos os adultos e adolescentes com mais de 12 anos com um ciclo vacinal de três doses, porém sabemos que a falta de equidade prejudicou a distribuição dessas doses.
- Em abril de 2022, 74% da população dos países de alta renda e de renda média alta foram vacinadas; nos países de renda média baixa 51% das pessoas já tinham recebido a imunização; porém, nos países de baixa renda, apenas 12% tinham sido vacinados nessa época.
- Durante a pandemia, cuidados eletivos, críticos e cirúrgicos foram interrompidos em 38% dos países, principalmente por fechamentos temporários de unidades de atendimento ou adiamento de serviços, mas também por escassez de profissionais de saúde, de medicamentos essenciais e de diagnósticos.
- Metade do mundo relatou que os serviços de vacinação de rotina sofreram paralisações no final de 2021.
- No ano 2000, a expectativa de vida geral tinha aumentado de 66,8 anos para 73,3 anos. Porém, comprovando que a falta de equidade é fator de impacto na segurança, na África do Sul, por exemplo, a expectativa de vida caiu de 62,4 anos para 59,3 anos em homens e de 68,4 anos para 64,6 anos em mulheres entre 2020 e 2021.
- Em média, 56% dos 28 serviços essenciais de rastreamento foram interrompidos no terceiro trimestre de 2020 e 41% ainda estavam sendo paralisados no início de 2021.
- Com a pandemia de covid-19, o número de pessoas sem acesso universal a saúde pode subir de 730 milhões para 840 milhões.
- Segundo revisão sistemática recente, a prevalência de pessoas com sintomas persistentes após a infecção pelo novo coronavírus varia de 10% a 35%.
- Em 2020, a covid-19 entrou para a lista das 10 principais causas de morte em todo o mundo, sendo a principal causa de morte em pessoas de 45 a 84 anos.
Referência:
(1) World Health Statistics 2022
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