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Produtos médicos de baixa qualidade ou falsificados podem causar danos aos pacientes

Produtos médicos de baixa qualidade ou falsificados podem causar danos aos pacientes
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Uma cultura de autodiagnóstico e autoprescrição levou ao surgimento de milhares de sites não regulamentados que vendem medicamentos de baixa qualidade ou falsificados; consumo contribui para aumento da resistência microbiana

Produtos médicos de baixa qualidade e falsificados podem causar danos aos pacientes e não tratam as doenças para as quais eles foram destinados. Com isso, levam à perda de confiança nos medicamentos, prestadores de cuidados de saúde e sistemas de saúde.

Os medicamentos falsificados são fabricados em diversos países e em todas as regiões do mundo. A mídia frequentemente relata operações bem-sucedidas contra os falsificadores, desde a fabricação em larga escola até as pequenas operações, já que a disponibilidade de máquinas de comprimidos, fornos, equipamentos especializados, ingredientes e materiais de embalagem e até as próprias instalações de fabricação clandestinas são rápidas e fáceis de montar.

Nenhum país permanece intocado por esta questão – da América do Norte e da Europa até a África, o Sudeste Asiático e a América Latina. O que já foi considerado um problema limitado aos países em desenvolvimento e de baixa renda tornou-se um problema para todos. Com o aumento exponencial da conectividade com a Internet, aqueles que se dedicaram à fabricação, distribuição e fornecimento de produtos médicos de qualidade inferior e falsificados ganharam acesso a um mercado global. Isso se estende tanto aos consumidores quanto aos fóruns empresariais.

Uma cultura de autodiagnóstico e autoprescrição levou ao surgimento de milhares de sites não regulamentados que oferecem acesso sem supervisão a medicamentos e produtos médicos de qualidade inferior e falsificados. No entanto, é em países de baixa e média renda e em áreas de conflito, onde os sistemas de saúde são fracos ou inexistentes, que se encontra a maior taxa medicamentos indevidos.

Esses medicamentos falsificados acabam por atingir os pacientes em situações onde há acesso limitado a produtos médicos de qualidade e seguros, uma governança pobre e capacidade técnica inferior.

Estima-se que um em cada 10 medicamentos em países de baixa e média renda seja deficiente ou falsificado.

Resposta da OMS
O Mecanismo dos Estados Membros é a plataforma global na qual os países podem se reunir, coordenar, decidir e organizar ações para lidar medicamentos de qualidade inferior e falsificados.

Essa plataforma foi criada para proteger a saúde pública e promover o acesso a produtos médicos acessíveis, seguros, eficazes e de qualidade, através de uma colaboração efetiva.

Em 2013, a OMS lançou o Sistema Mundial de Vigilância e Monitoramento para encorajar os países a reportar incidentes com medicamentos de qualidade inferior e falsificados em um formato estruturado e sistemático. O sistema fornece suporte técnico em emergências, relaciona incidentes entre países e regiões e emite alerta de produtos médicos da OMS, além de reunir um conjunto de evidências validadas para demonstrar com maior precisão o escopo, a escala e os danos causados por produtos falsificados.

Novos alertas globais
Em novembro de 2017, a OMS emitiu 20 alertas globais sobre medicamentos e inúmeros avisos regionais, fornecendo suporte técnico em mais de 100 casos.

A OMS treinou uma rede global de mais de 550 funcionários em 141 estados membros para reportar medicamentos de qualidade inferior e falsificados ao Sistema Mundial de Vigilância e Monitoramento da OMS.

O sistema de relatório estruturado permite uma resposta rápida às emergências e a questão dos alertas nos casos mais sérios. Também facilita análises aprofundadas dos produtos médicos em maior risco, as vulnerabilidades e fraquezas nos sistemas de saúde, os danos causados à saúde pública e a necessidade de investimento, treinamento e regulamentos e padrões mais fortes.

Compra de medicamentos na internet
Sites não regulamentados, plataformas de redes sociais e aplicativos de smartphones também podem ser usados para venda de produtos médicos e medicamentos de qualidade inferior e falsificados.

Os consumidores devem ser cautelosos com o seguinte:
– Spam e publicidade de medicamentos;
– Falta de autenticidade e nenhum logotipo ou certificado de verificação;
– Erros ortográficos e gramática pobre na embalagem;
– Sites que não exibem um endereço físico ou um telefone fixo;
– Sites que oferecem receita apenas para medicamentos sem receita médica;
– Produtos suspeitosamente baratos.

Lista de verificação para medicamentos adquiridos on-line
Confira o checklist para verificar a procedência de remédios comprados na internet
– É exatamente o medicamento encomendado?
– É a dosagem correta?
– A embalagem está em boas condições, limpa, com um folheto de informação do paciente e na língua em que foi anunciada?
– O medicamento parece e cheira como deveria?
– Os selos de segurança estão intactos sem sinais de adulteração?
– Uma declaração aduaneira ou um rótulo postal declaram o conteúdo como medicamento?
– O número do lote e a data de validade na embalagem interna primária correspondem ao número do lote e ao prazo de validade na embalagem secundária (externa)?
– Notou alguma transação incomum em seu cartão de crédito desde a compra?

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