Protocolo para Suspeita de TEP
Um dos maiores desafios em termos de diagnóstico na medicina é a embolia pulmonar (ou tromboembolismo pulmonar – TEP). E este desafio ocorre por se tratar uma doença com sinais e sintomas muito variáveis, nenhum específico o suficiente. Sendo assim, apenas com um guia de apoio à decisão clínica é possível descartar ou diagnosticar TEP adequadamente. Em outras palavras, é apenas com um protocolo estruturado é que podemos salvar vidas, e ao mesmo tempo evitar gastos desnecessários com coleta de D-dímero, ou ainda com realização de tomografia computadorizada com contraste, um exame de alto custo e cheio de riscos.
Baseado em uma extensa revisão de literatura, o American College of Physicians dos EUA lançou um guia de melhores práticas para definir como deve ser um protocolo de avaliação de suspeita de TEP custo-efetivo.
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Melhores Práticas
Diante de um paciente para o qual se cogitou o diagnóstico de TEP:
Conselho 1: o médico deve utilizar regras de predição clínica validadas como escore de Wells ou escore de Geneva, para estimar a probabilidade pré-teste de diagnóstico de TEP;
Conselho 2: para pacientes de probabilidade baixa de TEP, aplicar a escala PERC (Pulmonary Embolism Rule-out Criteria, ou “Critérios para Descartar Embolia Pulmonar”). Se o paciente preencher todos os critérios dessa escala, não precisa realizar exames (nem D-dímero, nem tomografia);
Conselho 3: para pacientes com probabilidade moderada de TEP, ou algum critério ausente na escala PERC, deve ser feita uma dosagem sérica de D-dímero;
Conselho 4: o D-dímero é considerado positivo se maior que 500 ng/mL. Entretanto, o limite da normalidade deve ser ajustada para pacientes acima de 50 anos, multiplicando idade x 10 ng/mL para obter o limite para análise.
Conselho 5: se o paciente tiver um D-dímero abaixo do ponto de corte ajustado à idade, não é necessário realizar tomografia;
Conselho 6: para pacientes com probabilidade alta de TEP, ou com D-dímero acima do limite da normalidade, deve ser feita uma angiotomografia pulmonar (ATCP). Se o paciente tiver uma contraindicação para ATCP, realizar uma cintilografia ventilação-perfusão. Para pacientes de alta probabilidade de TEP, não é necessário fazer D-dímero antes da ATCP.
Referência
Conheça o American College of Physicians em: https://www.acponline.org/
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