Reconstrução da Mama pós Câncer
Se para algumas a cirurgia plástica nas mamas é apenas uma questão estética, para outras é a devolução da autoestima e até a comemoração de uma batalha vencida. O cirurgião plástico da capital paulista Dr. Francisco Alionis Neto, graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital da Mulher- Pérola Byington São Paulo, fala que a reconstrução feita em casos de câncer de mama significa devolver à mulher seu maior símbolo de feminilidade. E, para muitas, é o que ajuda a evoluir no tratamento.
“Existem casos em que a plástica pode ser feita na fase inicial do tratamento ou junto da retirada do tumor – o que vai incentivar ainda mais a mulher durante o tratamento“, explica o médico.
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Dr. Francisco ainda fala que nem sempre há necessidade das próteses de silicone. “A reconstrução pode ser feita sem a necessidade do silicone, mesmo quando há a retirada da mama toda. Fazemos um reposicionamento dos tecidos mamários, das gorduras do próprio corpo, da pele e dos músculos de outras regiões corporais”.
Parte Técnica
O Dr. Lucas Zambon do IBSP destaca que a reconstrução mamária é muitas vezes realizada imediatamente após a mastectomia. Fazendo dessa forma é possível reduzir custos, obter resultados estéticos superiores e benefícios psicossociais. A reconstrução imediata pode ser considerada em pacientes que são submetidas a mastectomia profilática, por carcinoma ductal in situ, ou para os cânceres de mama invasivos com menos de 5 cm de tamanho que tem linfonodos axilares negativos e/ou com uma biópsia do linfonodo sentinela negativo pré-mastectomia.
Existem basicamente duas modalidades de procedimentos reconstrutivos: com uso de próteses (expansores teciduais, implantes salinos, implantes de silicone) e usando tecidos autólogos, que envolve a transferência de um retalho de tecido a partir de uma área doadora para a parede torácica anterior. A escolha da opção de reconstrução depende de uma variedade de fatores, incluindo hábitos de vida, a presença de comorbidades como obesidade, diabetes e tabagismo, o tamanho da mama contralateral, antecedentes de cirurgias prévias na região, a qualidade da pele da parede torácica, e sem dúvida a escolha da paciente. Em casos onde será realizada radioterapia pós-mastectomia, a reconstrução tardia pode ser considerada, e nesses casos é preferível utilizar tecido autólogo.
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